Irã nega retorno à mesa de negociações com os EUA enquanto ‘agressão continuar’
Em meio a discussões sobre a fragilidade do cessar-fogo, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, afirmou, em publicação no Telegram, que o país persa “não retornará à mesa de negociações com os EUA enquanto a agressão continuar”. O iraniano ainda ressaltou que recebeu mensagens dos americanos e que respondeu às solicitações por meio de “intermediários e canais indiretos”.
Enquanto isso, o Irã tenta fortalecer relações com países vizinhos. Em ligação com o ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al Nahyan, Araghchi enfatizou a necessidade de reforçar laços e manter a “unidade regional” com os países do Golfo com o objetivo de manter uma “estabilidade duradoura”.
Já o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, em ligação com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, enfatizou o compromisso do Irã em expandir as “relações construtivas, amigáveis e fraternas com o país”.
Com o sultão do Omã, Haitham bin Tariq Al Said, o líder do país persa chamou a oposição de países islâmicos uns contra os outros de “conspiração do regime sionista e dos EUA”.
Mais cedo, antes de embarcar no helicóptero presidencial, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que estava “descontente” com Irã e Israel após ambos os lados violarem o cessar-fogo anunciado na segunda-feira à noite por ele. Os dois países já brigam “há tanto tempo que não fazem a menor ideia de que p**** estão fazendo”, disse.
“Israel, assim que fizemos o acordo, saiu e despejou uma carga de bombas como nunca vi antes. A maior carga que já vimos. Não estou feliz com Israel. Também não estou feliz com o Irã”, acrescentou Trump.