Iphan vai vistoriar intervenções em imóvel da Avenida Ipiranga
Um imóvel, que pertenceu ao dramaturgo Aguinaldo Silva, na Avenida Ipiranga, vai ser vistoriado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O objetivo da vistoria é verificar se as adequações exigidas pelo órgão, após o não cumprimento de embargos, estão sendo realizadas.
No projeto inicial, onde hoje funciona um restaurante haveria a instalação de um pequeno teatro e também uma pousada. Mas, na época, de acordo com o Iphan, não houve respeito à área de ocupação, além de corte e supressão de vegetação acima da quantidade aprovada, assim como a pavimentação do jardim frontal, com piso impermeável, para a realização de um estacionamento. A construção foi embargada em 2015.
No ano seguinte, algumas questões já haviam sido adequadas, como a diminuição da área construída em mais de 120 metros quadrados. De acordo com a assessoria de comunicação do Iphan, não houve nenhuma solicitação recente em relação ao projeto de construção da pousada.
A Tribuna de Petrópolis tentou localizar o atual proprietário do imóvel, mas não conseguiu contato até o fechamento da edição dessaquarta-feira (11).
Entre as adequações exigidas pelo Iphan estão a diminuição da área construída; recomposição da vegetação e de taludes com espécies nativas da Mata Atlântica e recomendadas pelo IBAMA e APA Petrópolis; aumento da área verde e diminuição da área de telhado; a nova construção não poderá se sobressair ao conjunto da avenida, utilizando materiais contemporâneos leves e harmônicos, como madeira, metal e vidro (transparência deve ser a diretriz da nova edificação); recuperação do jardim frontal e utilização de piso permeável, com acomodação das vagas de estacionamento nas áreas laterais, fora do eixo visual; e apresentação do projeto de regularização.
De acordo com o instituto, os imóveis tombados na Avenida Ipiranga devem seguir o mesmo conjunto de características dos demais que ficam situados na mesma rua.
O IPHAN afirmou ainda que, desde o início, sempre orientou e é favorável ao empreendimento, no entanto este deve respeitar a legislação de proteção ao patrimônio cultural nacional, valorizando o espírito do lugar, de importância para a memória, identidade e história do país.