• Iphan explica como é realizado o processo de reconstrução de um imóvel tombado

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  • 30/jun 08:20
    Por Maria Julia Souza

    Pouco mais de duas semanas após o incêndio de grandes proporções que atingiu dois prédios históricos na Rua do Imperador, surgem alguns questionamentos sobre o processo de reconstrução em locais que possuíam imóveis tombados. No incidente do último dia 14, o casarão onde as chamas tiveram início teve perda total de sua cobertura e o desabamento de sua fachada. Já o prédio ao lado, também atingido pelo incêndio, sofreu perda parcial de sua cobertura.

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    Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em casos semelhantes ao ocorrido no Centro Histórico, para realizar o processo de reconstrução do imóvel tombado, ele deve estar de acordo com as orientações dos órgãos de tombamento.

    O Iphan destaca que, em geral, o imóvel deve ser reconstruído o mais fielmente possível à sua forma original. No entanto, caso não haja registro da forma original, o projeto deve valorizar os elementos remanescentes que possam representar os valores que justificaram o tombamento do bem.

    “Os novos elementos, eventualmente necessários para que o imóvel venha a ter possibilidade de uso, deverão ser harmônicos com os elementos originais e colaborar para a valorização destes”, explica o Instituto.

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    Todo o processo é acompanhado pelo Iphan e o proprietário do imóvel precisa apresentar o projeto de restauração que deve ser aprovado pelo órgão. As obras realizadas em bens tombados são acompanhadas pela equipe técnica do Instituto.

    O Iphan ressalta ainda que, em caso de descumprimento das determinações do órgão, o proprietário pode ser multado e obrigado a reconstruir, o que pode ser definido por sentença judicial, caso seja necessário.

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    No caso dos prédios atingidos pelo incêndio na Rua do Imperador, os imóveis são tombados pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac), recebendo o tombamento definitivo pelo Governo do Estado, em 1998. Questionamos o órgão sobre como é realizado o processo de reconstrução dos bens, mas não obtivemos retorno até a publicação da matéria.    


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