• Iphan autoriza projeto para recuperação dos danos em casarão

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  • 18/08/2016 15:35

    O projeto de recuperação dos danos causados ao casarão situado na Avenida Ipiranga, nº 520, foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Andrés Gulias, dono do imóvel, que pertenceu ao dramaturgo Aguinaldo Silva, apresentou o projeto, após ter sido oficiado pelo órgão. De acordo com Fernanda Zucolotto, atual chefe do escritório técnico do Iphan na Região Serrana, haverá um acompanhamento da execução do trabalho. As prioridades são: recuperação do jardim frontal e também adequação da pousada que começou a ser construída em cima do casarão. 

    O imóvel, vem sendo alvo de polêmica desde o ano passado. Na época, o ex-proprietário Aguinaldo Silva, estava investindo no casarão, para transformá-lo em um Centro de Artes. Além disso, o local ia abrigar um restaurante inspirado na culinária portuguesa e também uma pousada. Porém, a obra da pousada foi embargada pelo Iphan, que considerou que a construção estava em desconformidade com o projeto que havia sido aprovado e que estava sobressaindo ao conjunto da avenida, que tem tombamento federal. Para que a construção seja desembargada, o Iphan pede a utilização de materiais contemporâneos leves e, em harmonia com a ambiência e edificação existente. Assim como diminuição da área construída. 

    Quando houve o embargo, o Instituto considerou que o projeto não respeitou a área de ocupação, realizou corte e supressão de vegetação além do que havia sido aprovado e também pavimentou, com piso impermeável, todo o jardim frontal para ocupação total da área com estacionamento. Mesmo tendo inaugurado o Centro de Artes, em seguida o dramaturgo vendeu o imóvel. Recentemente, o espaço deu lugar a um restaurante. De acordo com Gulias, a recuperação do local está sendo estudada. A assessoria de imprensa do Iphan, informou que o proprietário se mostrou receptivo para adequar a construção. Segundo o assessor Chico Cereto, essa batalha pela readequação do imóvel está quase no fim. 

    Desde quando houve o embargo, o Instituto alegou que sempre orientou e é favorável ao empreendimento, mas que este deve respeitar a legislação de proteção ao patrimônio cultural nacional, valorizando o espírito do lugar de importância para a memória, identidade e história do país.


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