IPCA 2025 sobe a 4,59%, acima do teto da meta, afirma Focus
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2024 subiu de 4,71% para 4,84%, acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, a projeção era de 4,62%. Considerando apenas as 110 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 4,82% para 4,85%.
A mediana para a inflação de 2025 subiu de 4,40% para 4,59%, acima do teto da meta, de 4,50%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.
Considerando as 109 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2025 passou de 4,39% para 4,73%.
A mediana para a inflação de 2026 subiu de 3,81% para 4,0%, distanciando-se do centro da meta pela sexta semana seguida. A projeção para 2027 aumentou de 3,50% para 3,58%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária. O colegiado espera um IPCA de 3,60% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus e dólar começando em R$ 5,75 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,60% e desacelere a 3,90% em 2025.
Inflação acumulada
As medianas do relatório Focus para o IPCA mensal de novembro a janeiro indicam que a inflação deve somar 0,96% no período. A projeção está quase 0,3 ponto porcentual abaixo do relatório da semana passada, quando era de 1,23%.
Toda a queda na estimativa é explicada pela mediana para o IPCA de janeiro, que caiu de 0,44% para 0,04%. Esse movimento provavelmente reflete a incorporação do bônus de Itaipu nas contas de luz no primeiro mês de 2025.
A mediana para o IPCA de novembro, que será divulgado nesta terça-feira, 10, subiu de 0,27% para 0,35%. A projeção para o IPCA de dezembro avançou de 0,52% para 0,57%.