• IPCA-15 sobe 0,89% em agosto, ante 0,72% em julho, afirma IBGE

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  • 25/08/2021 09:43
    Por Bruno Villas Bôas / Estadão

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,89% em agosto, após ter avançado 0,72% em julho, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior alta para o mês de agosto desde 2002, quando o índice avançou 1,00%.

    O resultado superou a mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 0,84% para agosto. Mas ficou dentro do intervalo das projeções, de 0,65% a 0,92%.

    Com a leitura de agosto, o IPCA-15 acumulou alta de 5,81% no ano. Em 12 meses, o IPCA-15 foi de 9,30%. Neste caso, as projeções iam de 9,04% a 9,33%, com mediana de 9,25%. A última vez que a inflação em 12 meses ultrapassou a barreira de 9% foi em maio de 2016 (9,62%).

    O IPCA-15 mediu a variação de preços coletados de 14 de julho a 13 de agosto. O indicador acompanha a inflação para famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas e duas cidades.

    A inflação do grupo Alimentação e bebidas acelerou para 1,02% em agosto, de 0,49% em julho, pelo IPCA-15. O grupo contribuiu com 0,21 ponto porcentual para o índice do mês (0,89%).

    O encarecimento dos alimentos era esperado por analistas, após as baixas temperaturas, registradas em parte do País no fim de julho e início de agosto, terem atingido plantações. O cenário já era desafiador por causa do impacto da estiagem sobre a oferta de produtos in natura.

    Os itens de alimentação no domicílio – comprados em supermercados e mercados, por exemplo – ficaram 1,29% mais caros em agosto, após alta de 0,47% em julho. Os destaques foram produtos como tomate (16,06%), frango em pedaços (4,48%), frutas (2,07%) e leite longa vida (2,07%).

    Por outro lado, houve queda nos preços da cebola (-6,46%), do feijão-preto (-4,04%), do arroz (-2,39%) e do feijão-carioca (-1,52%).

    A alimentação fora do domicílio – produtos consumidos em restaurantes, lanchonetes, bares – ficou 0,35% mais cara, com a desaceleração da refeição (0,10%), que havia registrado alta de 0,53% em junho. O subitem lanche subiu 0,75% no IPCA-15 de agosto.

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