• Investimento em mão de obra deve contribuir para consolidar setor de tecnologia em Petrópolis

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  • 27/01/2019 16:56

    Uma das áreas que mais cresce economicamente em todo o país é a da tecnologia. Em Petrópolis, de acordo com dados do Serratec – maior Parque Tecnológico do Interior do Estado – são cerca de 30 empresas fazendo parte deste segmento. Em toda a Região Serrana, são mais de 170 firmas, que geram mais de três mil empregos e com faturamento anual superior a R$ 585 milhões. Todas elas trabalham na produção de software, de novas tecnologias, em projetos de inovação e com pesquisa e desenvolvimento.

    O Serratec foi criado em 2002 em Petrópolis e hoje abrange também as cidades de Teresópolis e Nova Friburgo. "Vimos que juntos somos mais fortes. Petrópolis tem um grande potencial tecnológico e percebemos que as grandes empresas deste ramo estão saindo dos grandes centros e indo para as cidades do interior. Agregar Teresópolis e Friburgo foi importante para fomentar ainda mais esse segmento e conseguir investimentos", comentou o vice-presidente da Serratec, Alexandre Macedo.

    Para Alexandre, a tecnologia é o futuro e para isso o investimento em mão de obra é um dos principais objetivos do Serratec para os próximos anos. "As empresas do ramo tecnológico ainda encontram dificuldades em encontrar mão de obra mais qualificada. Muitas vezes, é a própria empresa que capacita e fornece treinamento. Só a Orange, por exemplo, abre 100 novas vagas todos os anos e acaba tendo que capacitar esses profissionais para conseguir suprir a demanda", disse.

    Pensando em investir na mão de obra, o Parque Tecnológico vai promover ainda este ano uma residência de software para cerca de 80 alunos. Eles serão capacitados em tecnologias Web e Mobile. "Esse investimento é importante para que o setor se desenvolva ainda mais. Esse é um dos nossos projetos para este ano, que também incluiu a expansão do espaço físico da Serratec. Estamos em obras para oferecer um espaço de mil metros quadrados que serão locados para empresas de tecnologia que querem fazer parte do parque. Muitas empresas querem sair dos grandes centros e Petrópolis tem esse potencial", ressaltou Alexandre.

    O novo espaço deve ficar pronto em breve e também vai contar com um auditório para 250 pessoas. O galpão que está sendo adaptado é onde funcionou a Excellion, por cerca de 10 anos. A empresa, que atuava na área de biomedicina e biotecnologia, para atender a demanda de terapias celulares e de bioengenharia em medicina regenerativa, foi desativada no ano passado depois de ser incorporada pela Amil.

    Alexandre cita a parceria com as universidades e o governo para o desenvolvimento do setor de tecnologia em Petrópolis e na Região Serrana. "Trazer grandes universidades é um dos objetivos. A Serratec absorve muitos alunos da Universidade Federal Fluminense que hoje está instalada há poucos metros do Parque Tecnológico. As empresa, as academias e o governo precisam estar alinhados para o fomento do setor", pontuou.

    O vice-presidente do Serratec falou também sobre as cinco empresas de Petrópolis que foram classificadas do edital da Faperj para a quarta edição do programa Startup Rio. Foram classificados no total 130 propostas de start-ups sediadas no Estado do Rio de Janeiro, que contemplavam os segmentos de Games e Serviços de Internet, Aplicativos para Internet, Tecnologias Sustentáveis e Mídias Digitais, com foco na convergência digital, uso da Internet das Coisas e de aplicações para cidades inteligentes. 

    "O que nós desenvolvemos é tecnologia e economia limpa. Estamos determinados e focados no projeto de crescimento deste setor, trazendo mão de obra e formação dentro da cidade. Petrópolis tem potencial tecnológico. O turismo está consolidado, assim como o comércio. O setor tecnológico também precisa ser consolidado", concluiu o vice-presidente do Serratec.

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