• Interdição de calçada arrisca pedestres

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  • 22/12/2016 12:40

    A interdição da calçada do INSS, na Rua Joaquim Moreira, no Centro, completa um ano em janeiro e está deixando muita gente preocupada. Apesar de não ter mais tapumes, ainda há placas de interdição e algumas telas de proteção ao redor do local, obrigando os pedestres a passar pelo canto da rua. Alguns até se atrevem a passar por baixo da marquise, mas a maioria prefere atravessar a via num cruzamento fechado, onde ônibus, carros e táxis disputam o pouco espaço existente.

    A calçada está interditada desde o início deste ano, quando um reboco se desprendeu da marquise e acabou caindo sobre o local. Na ocasião, a Defesa Civil chegou a emitir uma notificação, mas o local não chegou a ser interditado pelo órgão. 

    Foi preciso modificar o trânsito, não só na Joaquim Moreira, como em outras ruas como a Epitácio Pessoa e Barão de Teffé. Tudo isso para que os passageiros que utilizam as linhas da Viação Cascatinha, com destino à Estrada da Saudade, não fossem prejudicados. 

    Com a interdição, o ponto de ônibus foi transferido para o outro lado da rua. Alguns passageiros até hoje não se acostumaram. “O ponto ficou muito bom, mas para a gente é muito perigoso, muito arriscado fica atravessando isso aqui toda hora. Ainda mais se estiver com criança. Ali na calçada tinha mais sombra. Aqui mesmo com esses abrigos a gente fica no sol em determinados horários. É horrível esse ponto”, contou Donizete Rodrigues. 

    Mas por outro lado teve gente que gostou da ideia, como é o caso de Wanda Pinheiro, professora, que mora em Cascatinha e pega ônibus no local todos os dias. “Do lado de lá a calçada é muito estreita. Tudo muito apertado, muita gente para pouco espaço, e se você desse mole caía na rua. Aqui é mais larga a calçada, tem muito mais espaço pra gente se acomodar. Para mim não prejudicou nada, só melhorou. Mas é claro que a obra do outro lado tem que acabar uma hora”, brincou. 

    Se alguém se sentiu prejudicado nessa história foram os taxistas. Quem trabalha no ponto da Barão de Teffé e teve que se adaptar ao novo sentido da via aguarda ansiosamente o fim da obra. “Espero que essa obra termine logo e que a gente possa voltar ao sentido normal. As pessoas já estão acostumadas com o ponto de táxi, com tudo de um jeito, aí eles vêm e mudam tudo”, contou um taxista. 

    Um motorista da Viação Cascatinha, que preferiu não se identificar, disse que já presenciou cena de cadeirante tendo que ser carregado na rua por causa da calçada bloqueada. “Um rapaz teve que carregar a moça no colo, porque a calçada estava bloqueada e a cadeira não passava ali. Eu trabalho na linha já faz muito tempo e até hoje não resolveram isso. Eu achei exagero transferir o ponto de ônibus de lugar, porque não acreditei que as obras fossem demorar tanto”, completou.

    No início deste mês, o INSS contratou uma empresa para fazer os serviços de reforma de parte do prédio. O custo da obra na ocasião foi estipulado em R$ 520.721,84. O valor chegou a ser publicado no Diário Oficial. As obras estão em andamento e por isso a calçada continua interditada, como medida de prevenção.

    A Tribuna tentou contato com o INSS por meio da assessoria de imprensa, para saber se há um prazo para o fim das obras e liberação da calçada, mas até o fechamento desta reportagem não obteve uma resposta. 

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