• Intenção de consumo das famílias sobe 1,1% em agosto ante julho, mostra CNC

  • 18/08/2022 11:43
    Por Daniela Amorim / Estadão

    Os consumidores brasileiros ficaram mais propensos às compras em agosto, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,1% em relação a julho, para 82,1 pontos, maior patamar desde abril de 2020, quando estava em 95,6 pontos.

    Na comparação com agosto de 2021, o indicador avançou 17,0%. Segundo a CNC, o ICF mantém tendência de alta desde janeiro deste ano. No entanto, a intenção de consumo permanece na zona de insatisfação, abaixo do patamar de 100 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos.

    Na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, o único componente com retração foi o que avalia a Perspectiva Profissional, com queda de 0,3%, para 100,8 pontos.

    Os demais componentes do ICF registraram expansão nol período: Emprego Atual (alta de 0,9%, para 110,1 pontos), Renda Atual (alta de 1,9%, para 96,2 pontos), Acesso ao Crédito (alta de 1,3%, para 83,3 pontos), Nível de Consumo Atual (alta de 2,8%, para 65,1 pontos), Perspectiva de Consumo (alta de 0,8%, para 78,0 pontos) e Momento para Compra de Bens Duráveis (alta de 1,2%, para 41,4 pontos).

    “O resultado para o mês de agosto foi fortemente baseado no consumo das famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos. Para esse grupo, a intenção de compras subiu 3,3%; para o grupo de menor renda, o ICF apresentou variação de 0,4%, o que indica estabilidade”, explicou a CNC, em nota oficial.

    As famílias mais ricas se mostraram mais satisfeitas com o acesso ao crédito em agosto, com alta de 4,3% nesse quesito em relação a julho, para um patamar de 100,5 pontos. Entre as famílias de renda mais baixa, a avaliação sobre o acesso ao crédito subiu apenas 0,4%, para 80,0 pontos.

    “Apesar do aumento do auxílio para as famílias de menor renda, esses consumidores estão cautelosos, principalmente pela inflação em nível ainda elevado, alto endividamento e custo do crédito crescente”, justificou a economista Catarina Carneiro, responsável pela pesquisa da CNC, em nota.

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