• Instituto petropolitano participa de campanha do governo indiano para divulgar o sânscrito

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  • 02/09/2021 09:30
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    O Instituto Vishva Vidya, centro de estudos de Tradição Védica, foi destaque no perfil oficial do Twitter do Ministério das Relações Exteriores da Índia, juntamente com outros países, por sua participação durante a campanha do governo indiano para difundir a importância do sânscrito e da Tradição Védica. O Consulado da Índia no Brasil também ressaltou no perfil do Instagram a ação da instituição. Localizado em Petrópolis há sete anos, o Instituto leva, mais uma vez, o nome da cidade para o mundo com o ensino dessa língua milenar, o sânscrito e, também, das demais disciplinas da Tradição Védica.

    No vídeo divulgado nas redes sociais do ministério indiano e do consulado, o professor tradicional de Vedanta Jonas Masetti, diretor do Instituto Vishva Vidya, evidencia a cidade de Petrópolis e lembra: “Meu professor, Swami Dayananda ji, tinha a visão de que o conhecimento de Vedanta e a sabedoria Védica deviam se espalhar por todas as partes para aqueles que estão prestes a recebê-los e ele sempre falou do Brasil como uma terra fértil. Hoje, ver isso acontecendo realmente é uma benção total dos mestres”.

    “Foi uma honra participar dessa campanha que reuniu estudantes e professores do mundo todo. Não há professor de Vedanta que não seja apaixonado por essa língua milenar”, completou o professor Jonas Masetti.

    O Instituto Vishva Vidya é considerado a maior instituição de ensino de sânscrito da América Latina, disponibilizando inclusive de forma gratuita no YouTube, um curso de introdução ao sânscrito, que já soma mais de 70 mil visualizações no link https://youtu.be/piSoxJzVe-8?list=PLR6fJX7JvaeXz-Cs1C6blJwU8lKaTsanx

    São alunos que se dedicam a aprender essa língua, que não é de um povo ou de uma civilização específica, e sim, um código usado para escrever os Vedas, conjunto de conhecimentos por trás de toda a Tradição Védica, que inclui o Yoga, o Ayurveda, a astrologia, o Vedanta e outros ensinamentos. O sânscrito é uma das línguas mais antigas da humanidade, dá origem a muitos idiomas na Índia e está diretamente relacionado a alguns idiomas europeus como o latim e o grego antigo.

    Longe de ser uma língua morta como muitas pessoas possam pensar, o sânscrito atrai cada vez mais, estudos científicos e mais adeptos que visam estudar o idioma de forma integrada a todos os demais ensinamentos da Tradição Védica. Não é necessário conhecer sânscrito para estudar Vedanta, por exemplo, mas saber a língua ajuda o aluno a aproveitar ao máximo todos os ensinamentos védicos que auxiliam as pessoas a viverem bem, com mais paz e de forma mais equilibrada.

    Isso porque as letras em sânscrito possuem um único som, o que facilita o aprendizado e dá a certeza que a pessoa está pronunciando corretamente. Além disso, cada símbolo também tem um único significado, muitas vezes sem tradução para os demais idiomas como o português. “Aprender sânscrito nos permite aprender melhor os mantras, entender os textos no original, discutir traduções e interpretações. Tem um fato interessante sobre as traduções, principalmente no mundo do yoga, em que alguns textos foram traduzidos do sânscrito para o alemão, francês ou inglês, e depois para o português sem se ter conhecimento de sânscrito, e por isso acontecem alguns erros bem singulares”, completa o professor Jonas.

    Estudos científicos também já comprovaram que aprender sânscrito traz benefícios para a mente quando compreendido em conjunto com os conhecimentos da Tradição Védica. Além disso, o meio acadêmico internacional também reconhece a importância da língua. Universidades como Oxford e Cambridge possuem centros de estudos de sânscrito.

    Regiane Saturnino, aluna de Vedanta do professor Jonas Masetti, traz na prática o que já foi constatado nas pesquisas científicas. Para ela, aprender sânscrito foi uma decisão natural que a fez se aproximar mais do caminho de estudos de Vedanta. “A princípio, a necessidade deste estudo era suprir a parte intelectual que desejava ler os textos dos Vedas e ter mais fluência ao entoar os mantras. Mas hoje foi muito além disso. São tantos benefícios: a qualificação da mente, a objetividade, a capacidade de lidar com situações adversas, aprender a ponderar comportamentos e atitudes. Então, o sânscrito me trouxe, além do que já disse, muita confiança, segurança, a compreensão de que o perfeccionismo é um caminho sem saída e a capacidade de me conectar com algo maior do que nós, compreendendo que esse estudo faz parte de uma tradição milenar”, detalhou Regiane.

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