• Insatisfeita com atendimento no Pronto Socorro, paciente depreda recepção

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  • 19/09/2018 09:49

    A recepção do Hospital Municipal Nelson de Sá Earp (HMNSE), conhecido popularmente como Pronto Socorro, foi depredada no início da tarde desta terça (18) por uma paciente que teve um ataque de fúria após não conseguir receber atendimento. Uma esquadria de alumínio e vidro que ficava na entrada do hospital foi destruída e acabou ferindo uma funcionária. A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal foram acionadas e levaram a mulher para a 105ª Delegacia de Polícia, no Retiro.

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    De acordo com a Diretora Administrativa do Pronto Socorro, Daniela Lima, além de bater no vidro da recepção inúmeras vezes até que se quebrasse, a mulher agrediu verbalmente os funcionários do hospital e também outros pacientes que estavam presentes aguardando atendimento.

    Recepção em questão, já sem o vidro. Foto: Alexandre Carius

    “Ela estava extremamente alterada, socando o vidro e ameaçando os funcionários. Tinha idosos e crianças aguardando atendimento, e eles estavam obviamente assustados. Ela tinha uma consulta de ortopedia marcada para 10h no ambulatório, mas só chegou ao meio-dia. Explicamos que ela precisaria remarcar porque também havia outros pacientes agendados, e então ela se revoltou completamente”, declarou.

    A PM e a Guada Civil chegaram minutos depois e subjugaram a mulher. Daniela explicou também que o vidro caiu em cima de uma funcionária, que acabou se ferindo. Ela foi atendida na própria unidade e depois se dirigiu à delegacia com outros dois funcionários testemunhas para prestar depoimento.

    “Até o momento em que a polícia chegou, ela estava agredindo verbalmente todos os presentes. Depois de abordada e contida pelos guardas, levamos ela para a ala de psiquiatria, mas ela não tinha nenhuma anormalidade. Daí eles a levaram embora junto com os nossos funcionários”, relatou a diretora.

    O Diretor-Geral da unidade, Nilson Wayand, esclareceu que o atendimento à paciente não foi negado e que a consulta seria feita posteriormente.

    “Ela chegou duas horas atrasada para a consulta e o médico já tinha ido embora. Informamos que ela teria que reagendar, mas ela não aceitou. Não havia a menor necessidade de quebrar nada e muito menos de agredir alguém”, disse o diretor.

    A clínica ambulatória do hospital chegou a ficar fechada por algumas horas até que a situação fosse controlada. Apesar de as demais consultas terem sofrido um atraso por conta do incidente, o ambulatório permaneceu funcionando dentro da normalidade ao longo do dia.

    Na delegacia, a mulher foi autuada por dano ao patrimônio público após prestar depoimento. A delegada ainda investiga uma denúncia de agressão a uma funcionária do hospital. O Pronto Socorro ainda não tem estimativa do valor depredado pela paciente e também não há previsão de quando a manutenção da recepção poderá ser executada.


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