Insatisfação com o transporte público: moradores podem realizar nova manifestação contra a Cascatinha na Estrada da Saudade

Na última segunda-feira (14), manifestantes protestaram por duas horas e meia contra o serviço prestado pela empresa Cascatinha na Estrada da Saudade. No entanto, nenhum representante da empresa foi até o local ouvir as reinvindicações. Por conta disso, uma nova manifestação pode ser realizada ainda esta semana pelo grupo.

As principais reclamações dos manifestantes incluem a quebra constante de ônibus, a falta de cobradores em diversas linhas, com o motorista tendo que exercer a dupla função (motorista/cobrador), além da reinvindicação pelo retorno do ônibus da Comunidade do Ventura.

“Nós precisamos do ônibus do Ventura de volta, já que, sem ele, o ônibus do Fragoso fica muito sobrecarregado. Temos que agradecer aos policiais, que deram muita força para a gente. Através dos policiais que conseguimos que um fiscal fosse lá. Mas não queremos conversar com fiscais. Nada contra eles, mas eles não vão resolver os nossos problemas. Vão simplesmente anotar e levar até um supervisor, se é que vão conseguir. Nós queremos uma solução. Até agora, ninguém entrou em contato conosco. Pode ser recente, mas temos uma certa urgência.”, conta Sandrinha, como é conhecida na Comunidade do Fragoso, uma das líderes da manifestação.

Sandrinha ainda desabafa sobre os problemas recorrentes com os ônibus na localidade: “O ônibus quebra, vai para a garagem, dão um retoque e ele volta. Na última sexta, ficamos o dia inteiro sem ônibus. Um fiscal ainda falou: ‘antigamente não tinha ônibus’. Nós não andamos de graça, não estamos pedindo um favor. Só queremos os nossos direitos.”

Caso os problemas não sejam solucionados, representantes de diversas comunidades da Estrada da Saudade trabalham com a possibilidade de realizar uma nova paralisação, até que as reivindicações sejam atendidas.

Em nota, a Cascatinha informou que toda a diretoria e gerência da empresa vão receber representantes da Estrada da Saudade, nesta quinta-feira (17).

A empresa ressalta “que vem enfrentando uma crise, agravada com a tragédia do início do ano e o alagamento da garagem. Somente a Cascatinha contabilizou a perda de quase R$ 500 mil de prejuízo em peças de almoxarifado, estoque de óleo diesel, entre outros itens, além de 11 ônibus submersos”.

**Matéria atualizada às 11h48, do dia 17/11/2022