
Inpas aceita até imóveis para tentar reduzir déficit e só prevê tapar o rombo depois de 35 anos
Em meio ao pacotaço aprovado pela Prefeitura para tentar reverter – ou amenizar – o cenário de penúria financeira, uma das principais medidas envolve o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais. Três projetos foram aprovados. O principal é um plano de amortização do déficit atuarial – que, trocando em miúdos, é a diferença entre o que o Inpas arrecada de quem contribui hoje e o que o instituto terá que gastar com os servidores que irão se aposentar. Como há muito mais gente se aposentando do que ingressando no serviço público, a conta não fecha e o rombo é estimado em R$ 111 milhões, o que pode colocar em risco até mesmo o pagamento dos aposentados. O plano para reequilibrar essa balança é longo, com previsão de durar 35 anos, e vale tudo para tentar amenizar a atual situação: até mesmo a entrega de imóveis da Prefeitura ao Inpas, acumulando seu valor de mercado ao Instituto, está prevista como saída para cobrir o rombo.
Pólvora pura
O pacotaço da Prefeitura para enfrentar a crise financeira segue rendendo. Ontem teve reunião do Conselho da Pessoa com Deficiência e obviamente a extinção da secretaria, agora incorporada ao Esporte, foi o tema central. E hoje, a partir das 14h, na Avenida Koeler (onde funcionava a pasta), o Fórum Popular Permanente da Pessoa com Deficiência, Mobilidade Reduzida e Doenças Raras discute o assunto.

Panela de pressão
A relação com o funcionalismo público, aliás, promete esquentar novamente essa semana. Além da dúvida se o município vai conseguir cobrir a folha do mês, tem o pagamento da primeira parcela do décimo-terceiro salário – que não é uma obrigação, já que o prazo-limite é novembro, mas é tradição, quebrada apenas entre 2016 – quando o pagamento foi empurrado para novembro – e nos quatro anos seguintes, quando a primeira prestação foi apenas de 25%.
Mão de obra
E haja gasto de saliva para convencer os rodoviários da Turp a trabalhar. Mesmo com a decisão de fim da paralisação, ainda pela madrugada, a turma que pega no serviço à tarde não aceitou e ameaçou paralisar. A solução só chegou por volta de 16h, quando houve um acordo. E a empresa nem sequer se comprometeu em pagar em dia salários e obrigações: falou apenas em “cooperar para a busca do equilíbrio do sistema de transporte”, seja lá o que isso queira dizer.
Na janelinha
Ao capitanear a campanha de Eduardo Paes na região, Júnior Coruja sai na frente em busca de um lugar – ou melhor, mais lugares – ao sol. Pesquisa publicada pelo Instituto Gerp mostra o prefeito do Rio com uma ampla vantagem na disputa pelo Governo do Estado – 50%, contra apenas 21% da soma dos adversários. Mas vale lembrar que Paes é beneficiado por ser mais conhecido que os demais nomes.
Trabalho voluntário
Tão logo foi criado o Grupo de Trabalho para coordenar e acompanhar o plano de contingência, surgiu a dúvida se os integrantes eram remunerados. No caso dos secretários, não pode e o próprio decreto deixa claro que não há qualquer pagamento. No mais, todos os grupos que são remunerados, se já não foram, devem ser suspensos logo, né? Afinal, estamos em penúria e calamidade financeira…

Contagem
Estamos há 2 anos, 2 meses e 18 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
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