Influenza Aviária: exames descartam contaminação em pessoas no litoral Norte do Estado do Rio
Estado confirmou, nesta quinta (25), o segundo caso de ave silvestre migratória contaminada com Influenza Aviária
**Matéria atualizada às 11h39 com a inclusão do segundo caso em ave silvestre registrado no estado do Rio
O Governo do Estado recebeu, nessa terça-feira (23), os resultados dos exames que descartam a ocorrência da Influenza Aviária (H5N1) em moradores de São João da Barra, litoral Norte do Rio. A análise foi realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em amostras de sangue de quatro pessoas que tiveram contato com uma ave silvestre contaminada pelo vírus naquele município. A informação foi repassada às secretarias de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) e de Saúde (SES-RJ).
O Ministério da Agricultura decretou, na última segunda-feira (22), emergência zoosanitária em todo o território nacional, que tem como objetivo evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana.
Estado registra segundo caso
O Governo do Estado confirmou, nesta quinta (25), o segundo caso de ave silvestre migratória contaminada com o vírus. O trinta-réis-de-bando (Thalasseus acudiflavus) foi recolhido por profissionais da AMBIPAR, empresa especializada em gestão ambiental, na praia de Tamoios, em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Não houve exposição de pessoas à ave contaminada.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), já estrutura um painel de monitoramento da Influenza Aviária. E será instituído um fluxo de comunicação entre a SEAPPA e a CIEVS para informar qualquer mortalidade de aves suspeitas, assim como pessoas com suspeita de síndrome gripal com histórico de contato com aves suspeitas.
Ações preventivas nos municípios
Em Cabo Frio, o recolhimento da ave foi feito por técnicos, que notificaram o Serviço Veterinário Oficial (SVO). O órgão fez a coleta de amostra e envio ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP), que fez a análise. A SES mantém o monitoramento em Campos dos Goytacazes, para onde foi levada a ave encontrada em São João da Barra.
A Secretaria de Agricultura prepara um Plano de Contingência que vai orientar as ações de enfrentamento voltadas, principalmente, para as áreas de produção aviária. O objetivo é estabelecer medidas de prevenção e controle da Influenza Aviária Altamente Patogênica em aves domésticas, silvestres e exóticas, bem como estabelecer um fluxo de informação entre os órgãos envolvidos por tratar-se de uma zoonose grave e que possui um potencial pandêmico. Busca, também, detectar precocemente a doença e conter a disseminação no Estado do Rio de Janeiro.
O órgão alerta, ainda, que a população deve evitar contato direto com aves caídas, mortas ou não, domésticas, silvestres/exóticas e silvestres migratórias, mamíferos aquáticos (qualquer espécie).
As autoridades estaduais seguem monitorando possíveis casos e orientando os municípios e a população. Os técnicos da Vigilância em Saúde da SES-RJ ressaltam que não há motivos de preocupação para a população sobre epidemia de H5N1, pois no momento não há transmissão direta, de pessoa para pessoa. É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas).
“É importante manter a população informada. Já realizamos reuniões e mobilizamos todos os centros de controle de vigilância do nosso estado”, disse o secretário de estado de Saúde, Dr. Luizinho.
A SES-RJ orienta que profissionais das unidades de saúde sigam atentos, durante a triagem e o atendimento médico, a casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com animais silvestres. Havendo suspeita, a coleta de amostras é recomendada, independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve sempre ser adotado para obtenção dos resultados laboratoriais.
Orientação aos criadores de aves
A Secretaria de Agricultura aconselha criadores de aves de corte ou postura que intensifiquem as medidas de biosseguridade das granjas. Devem ser tomados cuidados como proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção; conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão; manter o portão de acesso das propriedades fechado; desinfetar veículos em pleno funcionamento e materiais que acessem as granjas; ter cuidados com ração e água e restringir criação de aves pelos funcionários.
Para ter acesso aos e-mails e endereços dos núcleos de Defesa Agropecuária basta acessar o link https://bit.ly/3krh0in .