
Médica alerta para o problema e aponta maneiras de prevenção
A inflamação é uma resposta do organismo a traumas e infecções. Agindo de forma natural, é rápida e apresenta sintomas evidentes, quando aguda. Em contrapartida, a inflamação silenciosa ou crônica atua em baixa intensidade podendo passar de forma despercebida sem a presença de dores ou febre. Se não controlada, influencia o humor e a qualidade de vida afetando órgãos e tecidos, desencadeando, posteriormente, doenças graves.
Considerada perigosa, a inflamação silenciosa permite que o corpo sofra danos com o passar do tempo, sem apresentar sinais evidentes. Segundo Nathália Ventura, médica especializada em endocrinologia, nutrologia e metabologia, entre as principais doenças resultantes deste problema estão as metabólicas, cardiovasculares, neurológicas e autoimunes.
“Ela é muito influenciada pela rotina estressante da pessoa, seguida pela alimentação inadequada, período de sono insuficiente e sedentarismo. É preciso entender que essa inflamação é capaz de danificar tecidos e ampliar as possibilidades para doenças como obesidade, resistência à insulina, hipertensão, depressão, infarto, AVC e até alguns tipos de câncer”, disse.
Sintomas indiretos como fadiga persistente, dificuldades na perda de peso, alterações intestinais, baixa imunidade e incômodos musculares ou articulares, podem ser o ponto de partida para investigação clínica, através de exames laboratoriais. Com o olhar voltado para a prevenção, a médica aponta mudanças que podem ser adotadas no estilo de vida.
“O estresse crônico é responsável por desequilibrar o sistema imunológico. Diante disso, é necessário manter a rotina de sono, enquanto a alimentação precisa ser equilibrada, deixando de lado ultraprocessados, açúcar e gorduras trans, que elevam a carga metabólica e a oxidação celular. A prática regular de exercícios também auxilia na desinflamação do corpo, visto que o sedentarismo reduz a produção de substâncias anti-inflamatórias no corpo”, pontuou a médica.
Ainda de acordo com Nathália, a alimentação deve ser voltada para frutas vermelhas, cúrcuma, gengibre, azeite de oliva, oleaginosas e peixes ricos em ômega-3. A inclusão de fibras e prebióticos, presentes em verduras, legumes e integrais, também ajuda a equilibrar a microbiota intestinal.
“Mudanças simples no dia a dia podem reduzir os riscos. É importante cuidar da saúde de forma consciente, evitando que a inflamação silenciosa se transforme em doenças visíveis comprometendo a qualidade de vida”, concluiu a médica.
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