• Indignação: agressão a cadela na Duarte da Silveira preocupa protetores de animais

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  • 19/01/2018 08:40

    Um caso de violência contra animais chocou moradores e funcionários da Escola Leonardo Boff, no Duarte da Silveira. Em dezembro, próximo ao natal, uma cadela que vive nas redondezas próximo a escola foi encontrada brutalmente violentada. A cadela que atende pelo nome de Preta, é conhecida e querida por todos na região o que gerou grande revolta e indignação. Funcionários da escola e membros da ONG Animavida se mobilizaram para ajudar Preta. O caso foi registrado na 105° DP.

    Segundo a diretora da escola, Angélica Proença, quando chegou na escola no dia 22 de dezembro, após o encerramento do ano letivo, como de costume, a cadela foi recebê-la no portão de entrada. Mas percebeu que Preta estava se comportando de maneira estranha, quando se aproximou percebeu que a cadela estava com um gancho de ferro atravessado na vulva. 

    “Eu fiquei horrorizada, não podia acreditar que alguém teve a coragem de fazer isso com ela. Uma cachorra dócil, mansa. As crianças da escola adoram ela. Não consigo acreditar em tamanha crueldade”, contou Angélica.

    Preta foi levada pela diretora para uma clínica veterinária onde recebeu atendimento, e o gancho foi removido. De acordo com o laudo expedido pelo médico veterinário, Dirceu Gasparelli, a cachorra estava com sinais claros de dor e desconforto, apresentava inquietação, frequência cardíaca e respiratória aumentadas. Apesar da grande violência que sofreu, Preta se recuperou bem, recebeu antibióticos e curativos. 

    A cadela não tem moradia certa e vive nas redondezas na escola. Além dela, uma outra cadela vive nas mesmas circunstancias no local. “Quem cuida delas somos nós da escola. Elas são muito dóceis, não conseguimos entender essa barbaridade”, lamentou Angélica. 

    Ana Cristina Ribeiro, presidente da ONG Animavida, acompanhou o caso desde o começo. “A Angélica já tinha me procurado assim que a escola foi para o local para tentar ajudar essas cadelas, fazer a castração e até encontrar um lar para elas. A violência nos chocou, não sabemos o que poderia ter acontecido com o animal se não fosse atendido rapidamente por um médico”, disse. 

    Depois do ocorrido, Ana Cristina conta que vai retomar um trabalho de conscientização ambiental, cuidado e respeito pelos animais que já vinha fazendo na escola, no ano passado, quando ainda era na localidade do Contorno. “Nós já adotamos este trabalho antes, e agora mais no que nunca. Queremos mostrar para as crianças que os animais sentem e sofrem como nós. E casos como estes não podem nunca mais se repetir. Através das crianças queremos conscientizar sobre respeito e cuidados com os animais as famílias da região”, disse Ana Cristina. 

    Agora, as duas cadelas estão sob os cuidados de uma pessoa de confiança da diretora até que sejam castradas e possam voltar para onde moravam. O caso foi registrado como queixa-crime na 105° DP. 




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