Incêndio que destruiu 74 ônibus completa 4 meses
Completou ontem 120 dias do incêndio na garagem da PetroIta e Cascatinha que destruiu 74 ônibus. Deste total, 48 estavam em uso e os demais eram sucata ou estavam fora de operação. Mas, o impacto de 48 veículos a menos circulando durou muitas e muitas semanas. Até hoje a frota ainda não está completa, faltando pelo menos dois carros. Nas nossas contas, porque a prefeitura deixou de informar. Mas, a questão é que a frota já era deficiente antes do ocorrido e assim permanece, agravada pelo fato de as empresas estarem adquirindo seminovos, situação que cai na mesma: ônibus quebrados e atrasos.
Incêndio criminoso
Logo após as primeiras horas após incêndio no dia 09 de maio prefeitura e sindicato das empresas de ônibus já anunciavam que a queima dos veículos tinha sido intencional. Uma perícia independente feita pela CPTrans também apontou para isso. E agora falta o laudo pericial da polícia. E a gente ainda acha que prefeitura e empresas, os maiores interessados em esclarecer, deveriam cobrar celeridade. Confirmado o ato criminoso, se espera a identificação dos responsáveis e os motivos dos autores.
Para marcar a data
Ontem, para comemorar estes quatro meses do incêndio, a prefeitura anunciou que mais cinco ônibus seminovos entraram em operação. Três na PetroIta e dois na Cascatinha. E disse que a CPTrans continua cobrando o cumprimento do termo de cooperação assinado com as empresas sob o olhar do Ministério Público. Mas quanto falta do acordo para ele estar 100% cumprido?
Contagem
E Petrópolis está há 121 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Bem que a gente avisou
A-rá! Bem que a gente desconfiava… A Comdep, em audiência na 4ª Vara Cível, admitiu ao juiz Jorge Martins que descumpriu a sua decisão que determinava a suspensão de todos os contratos emergenciais firmados para a coleta e destinação final do lixo urbano e hospitalar da cidade. A Comdep suspendeu o pagamento à empresa AMI3 Soluções Ambientais, mas manteve a operação de coleta feita com os equipamentos da mesma. Ou seja, a empresa não recebeu, mas continuou fornecendo os caminhões. O que a gente suspeitava porque se o lixo não estava acumulando nas ruas alguém estava recolhendo. E não seria a Comdep porque ela não tem 28 caminhões para isso. Agora, vamos combinar: que empresa boa essa, né? Faz o serviço e nem recebe.
Novo capítulo
E a prefeitura conseguiu recuperar a fatia maior do bolo do ICMS. A decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, corte a qual a prefeitura recorreu da decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, retornou com o ICMS maior para Petrópolis, mas ainda em caráter liminar- e que pode cair, ressalte-se. Ele entende que não se poderia retirar parte do orçamento ainda dentro de sua execução. Mas ele demonstra preocupação na celeridade da avaliação do mérito da ação. Afinal, o orçamento 2024 já começou a ser construído.
Seguro morreu de velho
Longe de a gente se meter na vida de quem tão bem cuida de nossa vida administrativa, mas agora que a justiça restabeleceu um ICMS maior para Petrópolis fica o aviso: considerem como um orçamento seguro quando for julgado o mérito da ação. Enquanto for liminar que pode cair a qualquer momento é melhor fazer uma ‘poupança’ com esse extra e só depois usar do que gastá-lo por conta.
Mais uma conta
Falando em crise, a gente lembra daqueles R$ 100 milhões em empréstimo que o município tomou com o governo federal para obras viárias e de contenção de encostas. Para agravar ainda mais a crise financeira, a gente lembra que o parcelamento começa a ser pago em abril de 2024 e permanece com prestações por longos oito anos.
Exemplo
Se serve de exemplo para a prefeitura e a crise financeira instalada por causa do ICMS, o governo do Estado teria iniciado uma baita economia para contingenciar R$ 5 bilhões para este ano podendo chegar a R$ 8 bilhões. Tudo porque afrouxou demais com os R$ 22 bilhões da venda da Cedae e já teria avistado um cenário ruim.
Sirenes para deputados
A decepção com os políticos só piora. Eis que os deputados estaduais estão – com raras exceções – usando carros, que já são blindados, com novos acessório: sirenes e giroflex. Estes equipamentos, de acordo com o Conselho Nacional de Trânsito, só são permitidos a ambulâncias, bombeiros e polícia. Flagrados por uma reportagem de tevês os deputados disseram que não podem ficar presos no trânsito.
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