• In memoriam

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  • 28/12/2015 10:00

    Fernando Costa

    Advogado e jornalista


    Não sou analista político. Presto meu depoimento sobre a administração municipal no período de 1989/1992, quando esteve à frente do governo municipal, o Prefeito Paulo Monteiro Gratacós, tão simplesmente como integrante da população petropolitana. Petrópolis acabara de sair de uma das maiores catástrofes de todos os tempos. Tomou conta dos jornais, rádios, Tvs e foi manchete nos quatro cantos do mundo. A enchente arrasou-a. Cento e setenta e duas vidas foram ceifadas e milhares de desabrigados.  Cidade Imperial, um dos mais belos cartões postais do Brasil, estava desolada. Chorava seus mortos e estava parcialmente mutilada. Era necessário que se arregaçassem as mangas, fosse reconstruída tal qual ocorreu com Jericó, em Israel no início da era cristã.  O pleito de 15 de novembro de 1988 foi acirrado e concorrido, porem marcado por expressiva vitória, não à sigla, mas, ao nome, ao carisma, ao caráter, à competência do Dr. Paulo Gratacós que, na década de 60 já provara   seu dinamismo e elevado senso administrativo.  Retomou ao cargo. Foi trazido novamente pelos braços da população.  Era mais um desafio ao grande líder.  O conhecimento, a experiência o equilíbrio e liderança administrativa conhecida e reconhecida por todos não se quedaram, nem arrefeçariam. Árdua missão para o Prefeito Gratacós que foi à luta. Apoiado por sua equipe fez Petrópolis, tal qual Fênix ressurgir, não das cinzas, mas da lama, detrito e lágrimas. Pulso firme, altivo, severo se preciso. Mas sereno e equânime em suas decisões, deu dignidade ao cargo. Vimos restabelecido o respeito, a credibilidade e Petrópolis reavivou seu período áureo. Um passeio através dos tempos e como num passe de mágica, a cidade antes semidestruída, viu florescer novamente as hortênsias e os lírios. Enormes máquinas dragaram os rios. A população desabrigada reinstalada em abrigos, as ruas recuperadas. Voltou a reinar cultura, serviços urbanos e é claro, no setor das obras, porque deixaram indeléveis e muitas saudades? Petrópolis não é uma cidade qualquer. Dirigir os seus destinos não é simplesmente exercer um cargo eletivo, porque bem sabemos ser o poder transitório. Ela merece muito mais.  Além do cumprimento das tarefas, há de colocar-se uma dosagem muito maior de amor em tudo que se faz, onde prevaleça o bom senso, a preservação de nossas raízes, o culto ás nossas tradições. Ser Prefeito é uma missão. É questão de vocação, acima de tudo. Por isso, o povo louva a administração Paulo Gratacós pelas inúmeras realizações, pela luta em prol de uma Petrópolis mais desenvolvida. Petrópolis, o “altar que Deus quis construir na natureza” revive, reverencia, agradece e louva seu ilustre munícipe que fez de sua vida um apostolado e cuidou com zelo e proficiência deste pedação de céu. Cum Christo in pace Prefeito Paulo Monteiro Gratacós.

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