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  • 28/02/2018 08:54

    Leio na imprensa local as primeiras especulações sobre as candidaturas para o ano eleitoral de 2018.

    Converso com meus botões (ainda sou desse tempo) sobre os nomes que vão sendo colocados e eles – os botões – me dizem que o quadro é o mesmo dos outros carnavais eleitoreiros, pouco mudando os pretendentes ao melhor emprego do mundo: a política.

    Observo que nenhum – ou quase nenhum – dos detentores dos cargos deseja mudar de repasto, procurar outra praia, porque quem entra não quer sair e sim perpetuar-se nas benesses que alimentam seus patrimônios físicos e morais. Para muitos, imorais.

    Na esfera federal o bate-cabeça é tremendamente ridículo, ressurgindo nomes de eternos postulantes à presidência da república anteriormente vencedores ou derrotados. As candidaturas a presidente são as mesmas, agora com acréscimo dos que estão em cima, postulação do vice em exercicio da presidência, como de ministros e afins que gostaram da pose de autoridade. Um bom exemplo são os dirigentes de plantão que deitam falação pela mídia, achando que tal exposição os torna conhecidos e elegíveis. Todos querem os holofotes e, nos finalmentes, os votos nas urnas eletrônicas.

    Os facínoras que estão na cadeia ou respondem por falcatruas em temíveis processos, apresentam-se todos à reeleição ou indicam filhos, netos, genros, cunhados e outros afins, seja para tentarem sepultar lambanças, seja para novas investiduras nos erários de pouco controle e fartos, seja pelo bom emprego e excelentes ganhos e mordomias de corar os califas do rico mundo árabe.

    É tal corporativimo que garante os tronos para aqueles que pagarem mais em nosso infeliz estado de calamidade pública e ele garante a continuidade de seus apês nos spas de todo o 1º mundo e paraisos fiscais adjacentes.

    O Estado do Rio, no qual vivemos, é um dos redutos do mais escrachado comportamento político do país, onde as principais autoridades ausentam-se das festas, das catástrofes e, até, de momentos de intervenção federal, quando deveriam estar presentes e atentas protestando pela ingerência externa parida lá em cima, violentadora da autonomia do Estado na Federação.

    Entra-se no ano eleitoral e espera-se a copa do mundo de futebol, sob o sonho eleitoral de Temer pensando em desfilar com a seleção campeã encarapitado no carro do corpo de bombeiros, pedindo votos. Coisa que frustrou a senhora de Rousseff quando a seleção canarinho levou o banho dos sete a um dos alemães. No caso, será que o cortejo nacional com a seleção brasileira passaria pelos principais presídios cheios de candidatos concorrendo aos pleitos?

    A feira das vaidades está instalada e ninguém se espante quanto ao infinito oceano de dinheiro que sairá do bolso do povo para alimentar as candidaturas. Aliás, o presidente Temer já abriu a burra quando animou a todos votarem nas suas reformas, mediante a liberação da ração financeira deitada às bases eleitorais de seus – e, preferentemente – não aliados.

    O nome da escola de samba e enredo desse carnaval de sandices, você conhece?

    – Aiêee, Escola, chegou a hora, todos preparados e juntos: bateria, alas, passistas, alegorias, carros, todos na passarela política do samba, para arrebentar! Na batiiiiiida do surdo, a “Escola Império da Corrupção”!

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