• Impasse sobre plebiscito das vitórias deixa charreteiros apreensivos

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  • 30/12/2018 16:47

    Mesmo com um resultado de pouco mais de 117 mil votos contra o passeio turístico por tração animal na cidade, o fim do serviço ainda está longe de acontecer. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) empurrou a homologação do resultado para depois do recesso. Com isso, o grupo de trabalho formado pela Prefeitura para discutir as medidas que serão adotadas após plebiscito não saiu do papel. Enquanto isso, os proprietários de charretes e suas famílias continuam na incerteza com o resultado do plebiscito.

    O impasse continua, as vitórias continuam até que o pleito seja homologado pelo TSE e a Prefeitura determine uma data para o fim do serviço de turismo por tração animal. Os proprietários das charretes argumentam que o plebiscito não foi transparente, e que no dia da votação houve irregularidades. Já o presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (CPDA /OAB-RJ), Reynaldo Velloso, afirma que o pleito foi realizado dentro da legalidade vigente e só aguarda a homologação do resultado para que sejam concluídos os trâmites para o fim do serviço.

    “Nós vamos continuar trabalhando até que tenha uma definição. E vamos no TRE (Tribunal  Regional Eleitoral) pedir que avaliem o resultado do plebiscito. Estamos com tudo regularizado como determina a legislação, não vamos parar de trabalhar até que deem uma solução”, explicou a condutora de vitórias, Cibele Raposo.

    Reynaldo, que faz parte do grupo formado pela Prefeitura, explicou que ainda não há definição porque o resultado não foi homologado. E que há interesse de todas as partes para que seja resolvido o quanto antes. No entanto, mais uma vez, a lentidão burocrática empurra a resolução do impasse, e deixa as partes envolvidas na expectativa. 

    Apesar de a Prefeitura afirmar que vai respeitar o resultado da consulta popular e busca meios para que a mudança seja feita sem prejuízos aos charreteiros, e até da boa vontade na criação de um grupo de trabalho, quase dois meses após sua criação nenhuma proposta foi feita. Caso os charreteiros – que são proprietários dos animais – desejem, os cavalos serão encaminhados para um santuário do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal. 

    Segundo o presidente da CPDA/OAB-RJ, o turismo também já tem propostas que foram bem recebidas pelo secretário da Turispetro, Marcelo Valente, na primeira reunião do grupo.  Mas o transporte turístico que vai substituir as charretes, não foi discutido. A intenção é que as vitórias sejam substituídas por carros elétricos, mas, sem verbas, a Prefeitura não vai assumir a compra dos veículos. 

    “Estamos trabalhando juntos para que o resultado do plebiscito seja respeitado. Já na segunda quinzena de em janeiro vou a Brasília para pedir agilidade na homologação do resultado pelo TSE. A vontade popular deve ser respeitada”, destacou Reynaldo. 


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