Iluminação de Natal: a um mês da festa, prefeitura ainda não contratou o serviço
A gente falou aqui que deu ruim na primeira tentativa de licitar a programação cultural do Natal Imperial que começa agora, dia 30. A prefeitura não atraiu nenhuma empresa interessada no certame dia 25. E marcou um novo agora para o dia 10, deixando apenas 20 dias de prazo – e se tudo ter certo – para a empresa se virar na programação.
Encolhendo a cada ano
Pior é a iluminação de Natal. Ainda nem teve licitação agendada. Ano passado, custou R$ 2,9 milhões somente a iluminação, gasto 70% maior do que 2021, que ficou em R$ 1,7 milhão. Porém, tudo atrasou e a sensação é que encolheu. O exemplo mais evidente foi a árvore da Praça da Liberdade, que passou de 35 metros para 20 metros, mas o preço aumentou de R$ 260 mil para R$ 290 mil em 2022, e a estrutura só ficou pronta faltando três dias para o Natal. Neste ritmo, sem nem licitação marcada, o Natal Imperial corre risco de ficar com iluminação meia-boca.
Patrocínio
Se não conseguiu patrocínio volumoso até agora, de última hora fica beeeem complicado. E é a gente que vai ter que pagar pela iluminação porque aí são oriundos dos ‘recursos próprios’. Ano passado, tudo ficou orçado em R$ 5,6 milhões. Se a prefeitura iniciasse a captação de patrocínio com antecedência podia até custar mais e a gente ainda tinha dinheiro aplicado em outras coisas…
Deu em que?
Falando nisso, tá quase completando um ano a investigação que vereadores abriram sobre o Natal Imperial do ano passado para apurar se pagamos pelos itens que não ficaram prontos a tempo. Nunca mais se teve notícias hein, Hingo?
Balanço
A chuva de ontem – a previsão era de 25 mm, mas foi quase o dobro em alguns bairros – mostrou, mais uma vez, que a gente tá longe de alcançar um grau satisfatório de segurança. O volume de água foi, de novo, assustador, mostrado em vídeos exibindo o perrengue na subida da serra e em ruas mais íngremes de toda a cidade. Transbordamento de rios também foram registrados e alagamentos em vias como a União e Indústria. Teve saldo de ocorrências sem vítimas e ainda uma imagem chocante de um ônibus pendurado na Rua Alagoas, no Quitandinha. A mudança climática é evidente, mas a gente não está correspondendo nem pra evitá-la, nem pra saber como conviver com ela.
A gente já cansou de avisar
Você conferiu aqui nas páginas de Cidade da Tribuna que a prefeitura fez mais um contrato, este com a Erwil, prevendo R$ 9,8 milhões em asfalto de várias ruas na cidade, dinheiro financiado com o governo federal, empréstimo que vamos pagar depois, parcelado. Mas, a gente quer mesmo é alertar, mais uma vez, sobre a aplicação desenfreada de pavimentação sem escoamento e drenagem das vias. Ontem foi uma amostra grátis de como as ruas ficam nos temporais. Tem pavimentação que acaba até com o meio-fio deixando o asfalto rentinho com as casas. E a enxurrada descendo em alta velocidade.
É uma ideia
De um Partisans sobre a mazelas da CPTrans e a total falta de operação para fiscalização não apenas do sistema de transporte, mas do trânsito e as lambanças de motoristas: porque não contrata a SinalPark pra fiscalizar? Porque eles tem a expertise para tal. Basta você parar menos de cinco minutos sem pagar no rotativo que já recebe um papel para regularizar a fiscalização. Mal desligou o carro, se bobear o papel tá lá. Imagine essa capacidade ‘técnica’ multando carros que não param na faixa de pedestres, carros que ocupam vagas dos ônibus… Acho que esse Partisans tem razão.
Contagem
E Petrópolis está há 174 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Mais seminovos
Falando nisso, chegaram mais seminovos para reforçar a frota zumbi, ops, quer dizer, a frota de ônibus da cidade. Esses seriam da Região dos Lagos.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br