• IGP-DI sobe 2,17% em março ante 2,71% em fevereiro, revela FGV

  • 07/04/2021 08:37
    Por Daniela Amorim / Estadão

    O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 2,17% em março, após um avanço de 2,71% em fevereiro, divulgou nesta quarta-feira, 7, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 7,99% no ano e avanço de 30,63% em 12 meses.

    A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 2,59% em março ante uma alta de 3,40% em fevereiro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 1,00% em março, após o avanço de 0,54% em fevereiro. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 1,30% em março, depois da alta de 1,89% em fevereiro. O período de coleta de preços para o índice de março foi do dia 1º ao dia 31 do mês.

    A alta no custo da gasolina (11,05%) e do etanol (17,33%) pressionou a inflação ao consumidor dentro do IGP-DI. No IPC-DI, cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Transporte (de 2,29% em fevereiro para 3,89% em março), Habitação (de 0,08% para 0,75%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,29% para 0,57%), Vestuário (de 0,03% para 0,11%) e Comunicação (de -0,07% para 0,01%).

    Houve pressão dos itens gasolina (de 6,90% para 11,05%), tarifa de eletricidade residencial (de -0,88% para 1,02%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,13% para 0,98%), roupas (de -0,29% para -0,06%) e mensalidade para TV por assinatura (de 0,00% para 0,55%).

    Na direção oposta, as taxas foram mais brandas nos grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,12% para -0,37%), Alimentação (de 0,09% para 0,03%) e Despesas Diversas (de 0,24% para 0,22%), influenciadas pelos itens cursos formais (de 0,63% para 0,00%), hortaliças e legumes (de -2,43% para -4,95%) e alimentos para animais domésticos (de 1,57% para 0,64%).

    O núcleo do IPC-DI registrou alta de 0,31% em março, ante um avanço de 0,28% em fevereiro. O medidor é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo. Dos 85 itens componentes do IPC, 42 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, ficou em 65,16% em março, ante um resultado de 61,29% em fevereiro.

    IPAs

    Os preços dos produtos agropecuários no atacado medidos pelo IPA Agrícola subiram 1,73% em março, depois de uma alta de 2,37% em fevereiro, dentro do IGP-DI. Já os produtos industriais, mensurados pelo IPA INdustrial, avançaram 2,94% em março, ante aumento de 3,83% em fevereiro, segundo a FGV.

    Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 2,30% em março, ante um avanço de 1,80% em fevereiro. Os preços dos bens intermediários subiram 4,04% em março, após aumentarem 6,60% em fevereiro. Os preços das matérias-primas brutas registraram elevação de 1,61% em março, depois do avanço de 2,08% em fevereiro.

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