Idosos têm padrão de movimento biomecânico diferente do jovem
O modelo biomecânico para a economia da corrida depende, do ângulo do joelho quando o pé toca o solo, a máxima flexão do quadril, do joelho e plantar, além da oscilação horizontal. Quanto melhor a flexibilidade do quadril maior é o comprimento da passada e menor a frequência. Poucos centímetros ganhos em cada passo faz a diferença de alguns segundos a menos no tempo total com menos cansaço. Claro, o tempo cobra o seu preço e o modelo biomecânico da corrida é diferente entre corredores (as) jovens e mais velhos por conta da degeneração natural musculoesquelética e o número de lesões que os mais velhos tenha tido ao longo dos anos de treinamento e competição. Sobre isso, um interessante estudo entre corredores idosos (67-77) e jovens (26/36) anos mostrou que a força de impacto no solo na fase de apoio é maior nos idosos por conta da menor força muscular e flexibilidade articular. O estudo mostrou também o comprimento da passada diminuída e menos força no impulso vertical na fase de lançamento para o vôo. Resumindo. Menor flexão de quadril de joelho, rotação medial da tíbia e menor sincronismo entre o chamado retropé, mediopé e antepé prejudicam a economia da corrida. Fato que justifica um alto índice de lesões em idosos uma vez que é a faixa etária que mais aderiu às corridas de rua nos últimos anos antes da pandemia. O idoso, mais do que o adulto jovem precisa fazer as atividades complementares de fortalecimento muscular e flexibilidade a fim de retardar o processo de envelhecimento biológico. Pode e deve correr forte, mas na justa medida. Sem conhecer, nunca duvide de um corredor idoso. Ele pode chegar na sua frente. Prof. Moraes
Literatura Sugerida: Reginaldo K. Fukuchi & Marcos Duarte (2008) Comparação da cinemática tridimensional da extremidade inferior de corredores adultos jovens e idosos, Journal of Sports Sciences, 26:13, 1447-1454, DOI: 10.1080 / 02640410802209018