• Idoso que morreu soterrado no Quitandinha é sepultado

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  • 15/03/2017 18:20

    Foi enterrado na tarde de ontem (15), o corpo de Adilson Sylvio Kopke, de 70 anos, que morreu soterrado no Morro do Aguinela, no bairro Quitandinha, durante o temporal que atingiu a cidade na tarde da última terça-feira (14). O idoso estava retirando o carro da garagem quando o barranco desceu atingindo duas casas e arrastando o veículo. De acordo com a Defesa Civil (DC), só na terça foram registradas 39 ocorrências, destas 29 foram de deslizamentos de terra. Duas casas, no local onde o idoso morreu soterrado, foram interditadas pela DC.

    "A casa do meu irmão não foi atingida. Ele tinha acabado de tirar o carro, estava do lado de fora quando a barreira desceu e levou tudo", contou Silvio Kopke, de 48 anos. O veículo do idoso, um Santana branco, ficava estacionado em uma garagem na rua principal da comunidade, onde haviam outros dois carros e uma moto. De acordo com os moradores, em março de 2013, também ocorreu um deslizamento no mesmo local. "Naquela época, o carro do meu irmão e a moto do meu sobrinho tinham sido atingidos. Então, na terça, com o temporal ele ficou com medo de cair outra barreira na garagem e foi retirar o carro", contou o irmão.

    A terra deslizou de um barranco de cerca de quatro metros, atingindo primeiro a lateral de uma casa e a garagem – que ficam localizadas na rua principal. A barreira arrastou o carro e o idoso até os fundos de uma outra residência, que fica um nível abaixo da rua. Neste imóvel havia um homem, que conseguiu fugir sem se ferir. "Me salvei por pouco. Ouvi o vizinho gritar e quando olhei vi a barreira. Só deu tempo de correr", contou Márcio Fonseca dos Reis, de 48 anos. A barreira destruiu a cozinha e o quarto da casa.

    Para os moradores o desvio de água de um condomínio localizado em um terreno próximo ao local do deslizamento, teria provocado o desabamento. "Descia muita água lá de cima. Em 2013, já tínhamos denunciado e nada aconteceu", disse William dos Santos Reis, de 29 anos.

    Deslizamentos deixam ruas interditadas

    Os deslizamentos também causaram interdições em algumas ruas causando restrições na operação do transporte coletivo. Na manhã de ontem, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Petrópolis (Setranspetro) os ônibus que atendem os bairros Taquara (402), Alto Independência via Alto da Serra e Cacilda Becker (459), Waldemar Ferreira da Silva, via Barão de Águas Claras (112) e Santa Mônica via Sítio do Moinho (723) estavam operando com restrições. 

    No caso da linha 402, os ônibus estão parando no antigo ponto final devido a queda de uma barreira que interditou a Rua Antônio da Silva Ligeiro. Os executivos da linha 24 que atendem o Quitandinha estão parando no Pórtico, porque a Rua Nicaraguá está fechada devido a um buraco na via. Já a linha 459 está parando no ponto do 435.

    Os ônibus que atendem a linha 112 estão circulando mas não passam pela Rua Barão de Águas Claras, no Caxambu, também devido a um buraco na estrada, que coloca em risco a operação. Em Itaipava, a linha 723 está parando no ponto final do Santa Mônica e não está circulando na via que liga ao Sítio do Moinho devido a um afundamento da estrada.

    Defesa Civil opera em estado de atenção

    A Defesa Civil permanece em estágio de atenção e pedem aos moradores que em qualquer sinal de instabilidade na casa ou no terreno, devem ligar para o telefone 199 e pedir uma vistoria preventiva da Defesa Civil. A ligação e o serviço são gratuitos.

    “Em caso de fortes chuvas, a orientação mais importante é que moradores não permaneçam em imóveis ou áreas já interditadas pela Defesa Civil”, pediu o secretário de Defesa Civil, Coronel Paulo Renato Vaz. Ele também lembrou que existe a previsão de uma semana chuvosa em Petrópolis, “Vamos ter uma semana chuvosa. Com isso, existe o acúmulo de água no solo. É fundamental que todos estejam em alerta”, disse Paulo Renato.

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