ICMS com R$ 288 milhões a mais seria ‘impossível’
O Tribunal de Justiça do Rio, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal já negaram à prefeitura aumentar o Índice de Participação dos Municípios, o IPM, que dita quanto cada cidade recebe no bolo do ICMS. Assim, aqueles R$ 288 milhões anuais a mais que recebemos durante um período por força de uma liminar foi pro brejo. A prefeitura tenta, na justiça, reverter. Quem entende de letras jurídicas acha impossível.
Plano B
E falamos disso para dizer que o secretário de Fazenda, Paulo Roberto Patuléa, esteve na Câmara de Vereadores, na audiência pública que analisa as finanças da prefeitura do primeiro quadrimestre do ano. Patuléa desmentiu o procurador-geral do município, Miguel Barreto, que em uma petição de outra ação na justiça disse que o caixa da prefeitura está em estado de penúria. Panos quentes colocados, Patuléa disse que é apenas um jargão de advogado, que a situação não é ruim, que não tem ninguém desesperado e que existe um Plano B. Ficou faltando dizer qual é o Plano B.
Mais do mesmo
E mesmo com esse cenário nebuloso, rombo de R$ 1,4 bilhão, projeção de déficit astronômico, uma Plano B secreto e coisa e tal, os vereadores não anunciaram nada de contundente, como vão averiguar essas contas (CPI eles nem pensam). Na quinta, dia da audiência, só teve comunicado da Câmara anunciando que foi aprovado o programa “Petrópolis ao Ar Livre”, que visa estimular a prática de exercícios físicos.
Chuvas para impedir cassação
No recurso que apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral para recuperar seus direitos políticos e não ser cassado, o prefeito Rubens Bomtempo alega, entre outras coisas, que deixar o cargo prejudicaria a cidade que está em situação de emergência, que foi decretada no período das chuvas de março. Mais adiante, a petição fala que sua cassação ocorreria nos seus últimos meses de mandato e em meio a um estado de calamidade pública.
Desabafo
Na véspera da pernada que tomou de Eduardo do Blog (não foi por falta de aviso, Lê), o professor Leandro Azevedo gravou vídeo para as redes sociais naquele formato que é um regra entre os políticos quando estão sofrendo: dentro do carro, a caminho de algum lugar, falando em choroso. Fez um desabafo, sem citar nomes. Já tinha recebido o golpe.
Eu te disse
E pensar que Leandro Azevedo era o candidato a vice prefeito dos sonhos de Hingo Hammes, uma dupla que prometia ser imbatível, mas não quis abrir mão de ser cabeça de chapa. Agora é vice, numa pernada dentro do próprio partido.
Feitiço contra o feiticeiro
Por enquanto a mobilização para o pedido de cassação do vereador Eduardo do Blog deu uma freada na Câmara. Pessoal vai por uma outra estratégia. Agora que ele deu a pernada em Leandro Azevedo e é pré candidato a prefeito pelo Republicanos, os seus desafetos vão primeiro enfatizar os maus feitos em que está envolvido (e olha como o negócio pegou nas redes sociais, né?) e só depois pedir a cassação. Que é pra ele não se vitimizar como estava planejando e virar uma luta do bem contra o mal com Bomtempo na eleição.
Dançou também
Falando em Republicanos, a pernada em Leandro Azevedo sobrou pra Matheus Quintal. O moço acabou perdendo a presidência local da legenda. Entrou em seu lugar Marcos Branco, que era tesoureiro do partido. Leandro Azevedo, assim, fica cada dia mais solitário dentro do próprio Republicanos.
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