• Ibovespa emenda 3ª perda e cede o nível de 140 mil pontos, em baixa de 0,34%

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  • 03/set 17:54
    Por Luís Eduardo Leal / Estadão

    Abaixo dos 140 mil pontos, o Ibovespa emendou nesta quarta-feira, 3, um terceiro dia negativo desde que renovou recordes na última sexta-feira, tanto no intradia como no fechamento. Entre a mínima e a máxima da sessão, o índice da B3 oscilou dos 139.581,88 aos 140.495,88 pontos, saindo de abertura aos 140.331,63 pontos. Ao fim, marcava perda de 0,34%, aos 139.863,63 pontos, com giro financeiro moderado a R$ 17,5 bilhões. Na semana e no mês, o Ibovespa recua 1,10% e, no ano, sobe 16,28%.

    Entre as ações de primeira linha, de maior liquidez, destaque apenas para Vale (ON +0,38%), com Petrobras (ON -1,06%, PN -0,86%) firme no campo negativo, ainda que em ajuste inferior ao do Brent na sessão, em baixa de 2,23% no fechamento de Londres. Entre os grandes bancos, apenas Bradesco ON conseguiu evitar o ajuste negativo no encerramento da B3, em leve alta de 0,14%. Na ponta ganhadora do Ibovespa, destaque para Cosan (+8,00%), Raízen (+4,96%) e Pão de Açúcar (+2,93%). No lado oposto, Brava (-2,97%), IRB (-2,24%) e Ambev (-2,14%).

    “Um dia de noticiário mais esvaziado, que favoreceu um ajuste de posições especialmente em setores como o de petróleo, em realização mais forte na sessão com o petróleo em baixa. Houve dados de emprego nos Estados Unidos relatório Jolts, mas a expectativa está voltada para o payroll desta sexta-feira referente à geração de vagas de trabalho nos EUA em agosto. Assim, um dia mais amarrado, com liquidez mais fraca também”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

    “O dia começou sem direção muito definida para o Ibovespa, mas logo se firmou em baixa com a queda na produção industrial doméstica, conforme dados do IBGE”, diz Gustavo Trotta, sócio da Valor Investimentos, em referência à retração de 0,2% em julho. “O mercado também segue atento ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e, na sexta-feira, o payroll tende a movimentar muito o mercado de juros americano”, acrescenta o especialista.

    Para Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, o recuo da produção industrial era algo esperado, enquanto o PMI de serviços, ainda abaixo de 50 em agosto, confirma o viés de desaceleração da atividade econômica no curto prazo, mas não o suficiente para colocar em risco ou dúvida as projeções de crescimento do PIB para o ano de 2025 ou mesmo para o de 2026. “Bolsa seguiu em leve correção como nos dias anteriores, sem grande impacto dos dados econômicos, dando prosseguimento ao ajuste sobre uma semana passada muito positiva em fluxo e desempenho para o Ibovespa”, acrescenta.

    Lá fora, a leitura abaixo do esperado sobre o número de vagas de trabalho em aberto nos EUA em julho conforme o relatório Jolts – uma métrica sobre o giro de mão de obra acompanhada de perto pelo Federal Reserve – resultou em aumento da precificação de corte de juros pelo BC dos EUA em setembro, o que deu algum suporte aos mercados acionários de Nova York na sessão, com destaque para o Nasdaq, o índice de tecnologia, em alta de 1,02% no fechamento.

    “O payroll deve confirmar o cenário de mercado de trabalho mais fraco nos Estados Unidos. Isso consolidaria a necessidade de corte de juros pelo Fed em setembro, o que pode gerar maiores oscilações nos próximos dias”, diz Marcelo Bolzan, sócio da The Hill Capital.

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