Pessoas com esse perfil apresentam risco aumentado de trombose, com prevalência variando de 10 a 40%, dependendo da condição
No mês em que se celebra o Dia Mundial da Trombose, o Hospital Santa Teresa reforça a importância de conscientizar a população sobre o risco aumentado de trombose em pacientes com doenças inflamatórias sistêmicas, especialmente as reumatológicas. A trombose arterial e venosa está diretamente ligada à inflamação sistêmica que ocorre em doenças autoimunes, como lúpus, síndrome do anticorpo antifosfolipídeo, doença de Behçet, artrite reumatoide e síndromes de vasculite.
O Dr. André Marchiori, cirurgião vascular do Hospital Santa Teresa, explica que a inflamação sistêmica associada a essas condições desestabiliza o equilíbrio entre os fatores pró-coagulantes e anticoagulantes no sangue. “A inflamação crônica promove a liberação de marcadores inflamatórios e citocinas, que criam um ambiente favorável à formação de coágulos. Essa modulação inflamatória regula negativamente os anticoagulantes naturais do corpo, aumentando o risco de trombose”, afirma o especialista.
Além disso, o uso prolongado e em altas doses de corticoides, comum no tratamento dessas doenças, está associado a um risco ainda maior de trombose. “Pacientes reumatológicos crônicos devem ter acompanhamento vascular regular, pois eventos trombóticos podem desencadear complicações graves, como embolia pulmonar ou insuficiência venosa crônica”, alerta o Dr. Marchiori.
De acordo com o cirurgião, reconhecer os sinais de trombose é essencial para o diagnóstico precoce e o tratamento imediato. Sintomas como endurecimento, inchaço e dor aguda nos membros devem ser avaliados rapidamente para evitar complicações que podem ser fatais. A identificação precoce e o tratamento rápido são cruciais para minimizar os riscos e melhorar o prognóstico do paciente.