Hospitais privados têm aumento de casos respiratórios e covid nas últimas semanas
A Secretaria de Estado de Saúde vem registrando aumento do número de casos de coronavírus no Estado desde o último dia 28 de dezembro. De acordo com o Painel Covid-19, nos primeiros doze dias de janeiro, já são 382 casos da doença em Petrópolis. Na rede particular da cidade, sobe a cada dia o número de pacientes com sintomas respiratórios à procura de atendimento. Somente no Hospital Unimed, do dia 1º de janeiro até esta quarta (12), foram 97 pacientes que testaram positivo para o coronavírus.
Segundo a unidade da rede privada, do primeiro dia do ano até agora, o Pronto Atendimento do Hospital Unimed atendeu a 1.852 pessoas, destas, 1.159 são pacientes com sintomas respiratórios. Em comparação ao mês de dezembro, a alta foi de 62,6%. Neste período, o Hospital realizou 313 testes para detecção do Covid-19, deste, 97 foram positivos. Apesar da alta de casos neste início de ano, a unidade só tem 1 paciente internado.
O Hospital Santa Teresa também registra aumento no número de atendimentos a pacientes com sintomas respiratórios desde dezembro. Segundo a unidade, em média, foram atendidas 51 pessoas por dia com sintomas respiratórios. Já em dezembro, a média diária foi de pouco mais de 98 pacientes.
O pico maior, no entanto, está se dando em janeiro. Nos primeiros onze dias, foram atendidos 139 pacientes. Nesta terça-feira (11), o setor de Pronto Atendimento atendeu 207 pessoas com sintomas respiratórios.
Casos não estão agravando
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, a partir de meados da 52ª semana epidemiológica (de 26 de dezembro a 1 de janeiro), foi identificado um aumento repentino na taxa de positividade dos testes de RT-PCR para detecção da Covid-19. A taxa passou de 1,4%, no fim de dezembro, para mais de 20% nos primeiros dias de janeiro. Esse aumento ainda não se reflete nesta edição do mapa de risco, que traz dados de semanas anteriores. Importante ressaltar que os indicadores utilizados para análise do mapa levam em consideração a capacidade instalada (leitos e taxa de ocupação) e o aumento no número de óbitos e internações, além da taxa de positividade. Até o momento, esses dados não apontam para uma piora da situação de risco da Covid-19, sendo reflexo do avanço da vacinação em todo o estado.
De acordo com o secretário de estado de saúde, Alexandre Chieppe, o Estado está diante da circulação de uma nova variante (ômicron), com alta capacidade de transmissão. “Porém, até o momento, não estamos vendo um agravamento dos casos, que em geral se apresentam de forma leve e até sem sintoma. Parte disso se deve ao grande percentual da população imunizada. Por isso, é extremamente importante que o calendário vacinal seja observado com atenção. Quem ainda não tomou a segunda dose deve procurar um posto de saúde o mais rápido possível, assim como as pessoas que já podem receber a dose de reforço”, ressaltou.