• Haddad sobre EUA: Pela maneira como coisas são feitas, melhor é aguardamos para verificar

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  • 13/fev 19:51
    Por Giordanna Neves / Estadão

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 13, que o melhor neste momento é “aguardar”, quando questionado sobre o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre imposição de tarifas de reciprocidade. Haddad afirmou que não há motivos para o Brasil temer e reiterou que a reciprocidade deve ser um princípio a ser “observado pelos dois países”.

    Hoje, Trump assinou um memorando ordenando que seus assessores calculem novos níveis de tarifas para outros países em todo o mundo. Alguns dos principais produtos de exportação do Brasil, como a carne e o etanol, são citados como exemplos de disparidade entre tarifas a ser ajustada.

    Questionado se o fato de Trump não ter especificado um prazo para imposição das tarifas poderia sinalizar espaço para negociação, Haddad disse que “possivelmente sim”, mas reforçou que é necessário aguardar, já que não faz sentido complicar “o que está funcionando bem”. “A maneira como estão sendo anunciadas as medidas é um pouco confusa ainda. Então, nós temos que aguardar para ter uma ideia do que é concreto, do que é efetivo e levar em consideração”, disse.

    Haddad reforçou que não há motivos para o Brasil temer, já que a balança comercial entre ambos os países é superavitária para a economia norte-americana. “A balança é superavitária para os Estados Unidos, considerados bens e serviços. No caso de bens, ela é equilibrada, praticamente equilibrada. Então, não há muita razão nem para nós temermos, porque não há um parceiro que está importando muito do Brasil e exportando pouco. Ao contrário. Então, vamos com cautela avaliar o conjunto das medidas que vão ser anunciadas”, avaliou.

    O ministro disse que, a partir do momento em que tiver um balanço sobre o que de fato os Estados Unidos irão fazer, o governo fará uma radiografia para considerar as medidas. Enquanto isso, segundo Haddad, a área econômica, sobretudo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), está fazendo um balanço das relações comerciais para que “a reciprocidade seja um princípio a ser observado pelos dois países”.

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