• Haddad diz esperar que aprovação da PEC da transição no Senado seja unânime

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  • 07/12/2022 20:17
    Por Eduardo Gayer / Estadão

    O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), favorito para assumir o Ministério da Fazenda, afirmou nesta quarta, 7, esperar que o plenário do Senado aprove a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição de forma unânime.

    “Houve uma votação unânime na CCJ, por acordo, então a gente imagina que esse acordo na CCJ se reflita na votação do plenário”, afirmou Haddad há pouco. Na verdade, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o texto de maneira simbólica, ou seja, sem o voto nominal de cada senador.

    “É uma indicação boa que você tem condição de votar”, acrescentou Haddad sobre suas expectativas para o plenário. A discussão do texto em primeiro turno no plenário começou há pouco.

    Banco Mundial tem projetos que somam US$ 5 bilhões

    Haddad também afirmou que o Banco Mundial tem uma carteira de projetos para investir US$ 5 bilhões no Brasil. Mais cedo, Haddad se reuniu com o vice-presidente do Banco Mundial para a região da América Latina e Caribe, Carlos Felipe Jaramillo, e com o presidente do Banco Mundial no Brasil, Johannes Zutt. O encontro foi antecipado pelo Estadão.

    “Eles estão com carteira de projetos no Brasil que somam coisa de US$ 5 bilhões, é uma coisa grande. Em geral, na área de PPPs e concessões, boa parte no setor privado. Então, a gente ficou bem impressionado porque PPP é uma coisa que vai acontecer muito no próximo governo”, disse Haddad. “O Banco Mundial se colocou à disposição para continuar investindo”, acrescentou.

    O próprio presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escalou Haddad para representar o governo da transição na reunião. A interlocução do governo brasileiro com organismos internacionais como o Banco Mundial costuma ficar a cargo do Ministro da Fazenda, cargo para o qual o ex-prefeito de São Paulo é franco favorito.

    Haddad voltou a defender uma retomada das PPPs com força no futuro governo. “É uma coisa interessante de a gente retomar, inclusive mudando alguns detalhes da legislação que são obstáculos que têm refreado a contratação de parcerias. Às vezes, dificultando o aval do Tesouro Federal, às vezes dificultando a participação da União em projetos de Estados e municípios. Acho que tem um campo para a gente restabelecer o patamar de dez anos atrás em relação a carteira de investimentos”, declarou o ex-MEC.

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