Haddad cita PIB, inflação e retomada de grau de investimento em audiência pública na Câmara
O ministro da Fazenda, Fernanda Haddad, destacou nesta quarta-feira, 11, dados positivos do Produto Interno Bruto (PIB) e mercado de trabalho e mencionou a preocupação em reduzir a inflação na sua fala inicial na audiência pública conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Ele veio acompanhado ao evento do secretário-executivo da pasta, Dario Durigan.
“Nós voltamos a crescer, o Brasil termina esse terceiro ano do governo, Lula, com uma taxa média de crescimento de 3% ao ano, praticamente o dobro da taxa de crescimento observada nos 10 anos anteriores a sua posse. Eu fico feliz de ver que a taxa de desemprego está na mínima histórica, que a renda – e nós temos preocupação em reduzir a inflação, mantivermos a meta de inflação -, mas a renda do trabalhador evoluiu acima das taxas de inflação”, destacou Haddad.
O ministro também falou sobre um tema que é muito caro à Fazenda: a retomada do grau de investimento. “Nós voltamos a ser a oitava economia do mundo, nós crescemos nas notas de crédito do Brasil, nós estamos emitindo títulos no patamar de países que têm grau de investimento, embora nós tenhamos perdido lá atrás, e vamos recuperar”, disse o ministro.
Ao reforçar que o País pode iniciar um ciclo virtuoso com a aprovação de medidas pensadas pelo governo, Haddad quis compartilhar os bons resultados com os outros Poderes. “Nós queremos compartilhar com o Legislativo esses resultados. Esses resultados não são apenas vontade do Executivo, mas sem o amparo do Legislativo e do Judiciário nós não teríamos esses resultados”, disse.
Em relação ao Judiciário, ele destacou a redução de riscos fiscais de natureza judicial graças à compreensão dos tribunais superiores. Aos deputados, também destacou a aprovação da reforma tributária sobre o consumo.
A participação do ministro ocorre em meio à apresentação das medidas alternativas para o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupos Estado) mostrou, haverá uma recalibragem desse decreto, com alteração de alguns parâmetros, como o risco sacado, e uma medida provisória (MP), com a tributação de 5% para títulos atualmente isentos, como as letras de crédito, e uniformização da alíquota de Imposto de Renda para aplicações financeiras em 17,5%.