• Há uma preocupação de Haddad de não criar despesas sem receitas compensatórias, diz Pacheco

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  • 08/abr 15:20
    Por Fernanda Trisotto, Giordanna Neves e Gabriel Hirabahasi / Estadão

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira, 8, que compartilha do objetivo de perseguir o déficit zero em 2024 e que ouviu as preocupações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a não criação de despesas sem receitas para compensá-las. Os dois estiveram reunidos – juntamente do ministro de relações institucionais, Alexandre Padilha, e dos líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), em almoço na residência oficial do Senado nesta segunda.

    Pacheco afirmou que o objetivo foi reiterar o compromisso do ano passado para este exercício, de buscar aprovar pautas importantes para o Estado, além dos interesses do governo.

    Nesse sentido, Pacheco reforçou a preocupação de não se criar despesas sem o lastro de medidas compensatórias e falou sobre a meta de resultado primário neutra para 2024. “A perseguição do déficit zero é um objetivo de todos nós”, declarou.

    O encontro serviu para discutir a pauta econômica no Congresso. Ficou definido que haverá uma sessão do Congresso para apreciação de temas conjuntos, especificamente a votação dos veto ao orçamento deste ano. O governo vetou R$ 5,6 bilhões em despesas alocadas em emendas parlamentares, o que gerou insatisfação entre os congressistas. Ainda assim, os parlamentares esperaram a publicação do primeiro relatório bimestral de avaliação de despesas e receitas, que teve o bloqueio de R$ 2,9 bilhões, para votar os vetos.

    Desoneração

    Outro tema da reunião foi a desoneração da folha de pagamentos. Governo e Senado buscam desfazer o ruído criado na semana passada com a prorrogação apenas em parte da medida provisória 1.202, excluindo a reoneração dos municípios do texto.

    Segundo Pacheco, ficou acordado que esta semana haverá novas rodadas de negociação entre a Fazenda e entidades que representam os municípios, para discutir a adoção de um novo modelo. Pacheco disse que só após este acordo o tema avançará no Congresso.

    “Discutimos também a questão das dívidas dos Estados, que é um tema que tem gerado muita expectativa na política e especialmente nos Estados. Temos compromisso no Congresso de aprovação de projeto para equacionar as dívidas dos Estados”, disse Pacheco, reforçando que seu Estado, Minas Gerais, é um dos interessados em uma solução.

    Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mais cedo, o peso da amortização da dívida dos Estados com ativos dentro da proposta do governo para a renegociação dos débitos é um dos temas de divergência.

    Contato: fernanda.trisotto@estadao.com, gabriel.hirabahasi@estadao.com, giordanna.neves@estadao.com

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