• Guedes fala em isenção para doações de empresários que possam comprar vacinas

  • 25/03/2021 14:28
    Por Eduardo Laguna e Amanda Pupo / Estadão

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quinta-feira, 25, que empresários recebam isenções nas doações de vacinas contra covid-19 ao Sistema Único de Saúde (SUS). A compra de vacinas pelo setor privado só é permitida se todas as doses forem doadas ao SUS, de modo a acelerar a imunização de grupos prioritários para que, então, as empresas estejam autorizadas a imunizar seus funcionários. Há pressão de empresários, no entanto, para mudar a regra.

    Durante audiência pública virtual da comissão temporária do Senado que trata da pandemia, Guedes sugeriu a isenção das doações como forma de estimular as empresas a entregar vacinas ao SUS caso a imunização privada torne-se legal.

    “Nossos empresários têm capacidade de ir lá fora e comprar sobras de vacina”, observou Guedes aos senadores.

    Ao tratar da promessa do governo de acelerar o ritmo de vacinação, o ministro da Economia afirmou que, com 1 milhão de vacinas por dia, como promete o Ministério da Saúde, todos os idosos estarão vacinados em pouco mais de um mês.

    Ele também apresentou, durante a audiência, as medidas do governo em apoio a empresas prejudicadas pela crise sanitária. Entre elas, citou, está a possibilidade de permitir a rolagem da dívida de setores mais afetados. A ajuda também pode vir pelo alívio de multas cobradas pela Receita Federal, informou Guedes.

    “Teremos que rever tudo isso. Obviamente, não tem como pedir para pagar multa, temos que rever isso com a Receita”, disse Guedes, pedindo também que os senadores trabalhem junto ao governo para elaborar medidas voltadas ao turismo, setor atingido em cheio pelo isolamento social.

    Num momento de afago aos parlamentares, o ministro saudou o Congresso pela aprovação de matérias como a independência do Banco Central, a PEC emergencial e o marco do saneamento. São avanços, disse o ministro, que ajudam a reduzir incertezas econômicas, além de evitar, no caso do BC, que uma inflação considerada temporária torne-se permanente.

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