Guarda Municipal de Duque de Caxias apresenta Patrulha Maria da Penha em Petrópolis
Dois agentes da Guarda Civil do município de Duque de Caxias apresentaram, nessa quinta-feira (11), o projeto Patrulha Maria da Penha, que há dois anos qualifica o atendimento a mulheres vítimas de violência no município da baixada fluminense. O encontro ocorreu nessa quinta-feira (11) na Casa dos Conselhos Municipais, no Centro, durante a primeira reunião ordinária do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim) de 2019.
Os agentes Neuseli e Alcântara contaram que o projeto teve como referência a cidade de Curitiba, que implementou a ideia em 2015. A proposta consiste em acompanhar, acolher e orientar as mulheres que sofreram algum tipo de violência doméstica. A Patrulha Maria da Penha realiza visitações periódicas à casa da vítima, principalmente as que possuem medidas protetivas. A guarnição possui um registro de todas as atendidas, para que os agentes tenham mais efetividade nos casos, e preservam a vítima de ter que relatar todo o histórico do caso.
“Um pedaço de papel (medida protetiva) não protege ninguém. A Guarda vai na casa da vítima, conversa, verifica o caso antes para que a violência não se repita. A maior necessidade é a de prevenção, isso faz toda diferença. Nós fiscalizamos o cumprimento da medida protetiva e assim prevenimos a reincidência da violência”, frisou Neuseli.
A Patrulha Maria da Penha atua em Duque de Caxias em parceria com toda a rede de atendimento da cidade, todos os dias. Segundo a agente Neuseli, em dois anos de projeto, não houve perda de nenhuma mulher atendida por eles. Vale lembrar que o Brasil é o quinto país com o maior índice de violência contra a mulher.
Em Petrópolis, as vítimas de violência doméstica são acolhidos pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram). “Nosso acolhimento é realizado por assistente social, psicóloga e orientação jurídica. Acredito que o diferencial da Patrulha Maria da Penha seria o de acompanhar os casos na residência da vítima, assim prevenindo a reincidência da violência”, disse a Coordenadora do Cram e Conselheira do Comdim, Cleo de Marco.