• Guarda Civil de Petrópolis tem 21 veículos quebrados

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  • 20/01/2017 15:35

    Dos 28 veículos que compõem a frota da Guarda Civil (GC) apenas sete estão em uso. Os outros 21 carros e motos estão parados porque não receberam manutenção – como troca de óleo, de pneus ou de baterias – desde 2013.

    A GC chegou a ter 42 carros, mas há quatro anos, 14 veículos foram leiloados porque a antiga administração municipal considerou a manutenção como “antieconômica”. A gestão Bernardo Rossi está orçando o conserto de toda a frota para que ela seja colocada em operação com urgência. 

    A última vez que a frota passou por revisão foi há quatro anos, quando foi liberada uma verba de R$ 72 mil pela antiga administração. Desde então, nada mais foi feito pela frota. A falta de revisões mecânicas simples levou a uma série de problemas que se acumularam e inviabilizaram o uso dos veículos. 

    Um levantamento feito pelos próprios guardas, sem auxílio de mecânicos (que podem eventualmente encontrar problemas mais complexos), eles constataram que: 16 carros precisam de revisão geral; 13 têm trocar o jogo de pneus; 12 necessitam trocar óleo e filtro; 10 demandam baterias novas; três deles estão com a caixa de marcha danificada ou pedem reparos na embreagem.


    Outros problemas foram encontrados em bomba de combustível, alternador, disco ou pastilha de freio, na porta da mala, na máquina de vidro e até mesmo em um para-brisa. 

    “Tem muita coisa miúda que o guarda pagou do próprio bolso para o carro não ficar parado. Um óleo que comprava, um pneu que conseguia. Era assim que a gente tinha que agir para não deixar de trabalhar”, relata o novo comandante da Guarda Civil, Jeferson Calomeni. 


    10 carros sem garantia por falta de revisão 

    Alguns desses problemas poderiam sequer existir, se o antigo governo tivesse levado os carros para a revisão gratuita das montadoras. Como isso não ocorreu, 10 veículos estão sem garantia. Cinco carros Logan perderam a garantia em 2013; outros dois modelos Voyage, em 2014; e mais três da marca Clio, no ano passado. Todos esses são veículos novos – chegaram a partir de 2011 para a Guarda Civil –, mas já estão sucateados. 

    Há três anos, a frota era 50% maior. No entanto, 14 veículos não foram mandados para conserto porque a antiga gestão considerou “antieconômico” fazer os reparos. Esses carros foram levados a leilão e já não podem mais ser recuperados – eles vieram do governo do estado em 2011, através de articulação do então deputado estadual Bernardo Rossi. 

     “A demanda é muito grande e está se tornando difícil trabalhar. Nós temos que fazer o transporte de animais para o curral de apreensão, orientação do trânsito, dar apoio à Coordenadoria de Fiscalização, à Defesa Civil, à Setrac diariamente, sem contar o apoio às polícias e ao Poder Judiciário. A gente está tendo que se virar com a falta de estrutura que foi deixada para gente pelo antigo governo”, conta Calomeni. 

    Em menos de 20 dias, novo governo conseguiu alguns avanços, na recuperação da frota. Primeiro, colocou para funcionar o ônibus de videomonitoramento que fica na Praça Visconde de Mauá (Praça da Águia). Também por determinação do prefeito, a Secretaria de Educação mandou para oficina três veículos que vão fazer a ronda escolar assim que recomeçarem as aulas, em fevereiro. Além disso, a futura Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública, que será conduzida por Djalma Januzzi, vai providenciar um convênio com uma oficina mecânica para tornar o atendimento dessas demandas mais ágil. 


    Guarda enfrenta outros problemas 

    Não são apenas os problemas com a frota que a Guarda Civil enfrenta. Desde que foi inaugurada, em setembro, a sede da Guarda, na Rua Santos Dumont, não tem internet. Uma provedora de internet sempre alegou para o governo passado que não havia viabilidade técnica – apesar de os estabelecimentos em volta contarem com o mesmo serviço oferecido pela empresa. Com a entrada do novo governo, a instalação de internet já foi providenciada. 


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