• Grupo acampa no Centro Histórico

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  • 06/05/2017 12:30

    Mesmo no período mais frio do ano, a presença de moradores de rua ganha destaque em vários pontos da cidade. Grupos consumindo álcool, fazendo barulho e até acampamentos em praças e sob marquises estão preocupando moradores do Centro. Ontem, no entanto, o problema ganhou outra dimensão: uma barraca amanheceu montada em pleno canteiro central da Rua do Imperador, em frente à Praça Dom Pedro. Pelo menos quatro pessoas dormiram no local. “Quando abri as portas eles já estavam desmontando a cabana. Não me incomodou porque a loja abre mais tarde, mas realmente é uma situação delicada. Tem que ter um meio de integrar essas pessoas”, disse um comerciante.

    Também no Centro, um outro acampamento foi flagrado nesta semana na Praça 14 Bis, que fica na Avenida Roberto Silveira. A cabana estava no estacionamento de ônibus de turismo. Moradores querem uma solução.

    Genilda Fernandes, aposentada de 64 anos, disse que evita sair nos fins de tarde porque tem medo. “Não aconteceu nada de violento, mas é complicado, porque isso atrapalha a gente. Tenho netas que chegam tarde da noite em casa e ficam com medo de passar ali. Às vezes, elas acabam atravessando a rua, passando pela frente do Petropolitano, para só depois atravessar a a ponte e para vir para o nosso lado da rua. E o lado de lá é escuro e tem pouca gente passando”, contou. A aposentada disse ainda que vizinhos se queixam do barulho provocado à noite, por grupos que vivem na rua. “Nós moramos numa rua movimentada, onde todo mundo passa para ir ao Bingen, e também para a Montecaseros.

    Só que à noite fica tudo deserto, e tem um certo silêncio. Então, eles gritam, brigam entre eles, fazem barulho. Não sei se as pessoas passam e implicam com eles, ou se é o contrário. Eu sei que vira bagunça e a gente não tem liberdade para entrar e sair de casa qualquer hora”, completou. 

    O maior medo dos moradores é que a população de moradores de rua cresça, e acabe ocupando outros pontos importantes da cidade. “Não só aqui como também ali na Praça da Liberdade e na Rodoviária, as pessoas estão tomando conta, e a população cresce cada vez mais. Já pensou daqui a pouco cheio de moradores de rua e pessoas usando drogas. Não pode”, concluiu Genilda.. 

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