Greve na Educação: reunião no Tribunal de Justiça nesta quarta pode acabar com impasse
Representantes da Prefeitura e líderes da greve dos servidores da Educação se reúnem nesta quarta-feira (29) no Tribunal de Justiça para discutir a paralisação da categoria, iniciada em 31 de julho. Os profissionais reivindicam reajuste salarial e benefícios previstos no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), além da convocação de profissionais concursados. A reunião foi convocada pelo presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador Milton Fernandes de Souza, que, em resposta a ação impetrada pela Prefeitura, determinou no dia 16 a manutenção de 70% do quadro de profissionais em seus postos de trabalho.
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Nesta terça-feira, servidores voltaram às ruas. Os manifestantes se reuniram na Praça Dom Pedro e seguiram em passeata até a sede da Prefeitura, na Avenida Koeler. Segundo informações do Departamento de Inspeção Escolar da Secretaria de Educação, 120 das pouco mais de 180 unidades de ensino da rede municipal (incluindo creches e escolas) ainda não funcionam normalmente. Quinze delas seguem fechadas.
“Somos servidoras, mas também somos mães. Tenho três filhos que estão em casa. Apesar das dificuldades, nos mantemos firmes com a paralisação porque queremos o melhor para a categoria”, disse uma merendeira. “É um descaso com a Educação no geral, porque não estão se sensibilizando nem com os alunos, que estão sem aulas. Ninguém nos recebe na Prefeitura. Nem na Secretaria de Educação abriram canal para diálogo”, disse uma outra servidora.
Durante a tarde, considerando que as questões relacionadas à greve são uma atribuição do Tribunal de Justiça, o juiz em exercício da 4ª Vara Cível, Alexandre Teixeira, extinguiu a ação impetrada pelo Sindicato Estadual de Profissionais da Educação (Sepe) que tentava impedir o corte de pontos dos grevistas. Segundo a Prefeitura, é inviável conceder reajuste ao funcionalismo. O governo diz que os esforços, no momento, são no sentido de manter em dia os salários.