• Grandes bancos estatais da China receberão injeção de capital de US$ 71,6 bi

  • 31/mar 12:39
    Por Dow Jones Newswires. / Estadão

    Quatro dos maiores bancos da China planejam levantar até US$ 71,6 bilhões com a venda de ações, como parte de um plano do Ministério das Finanças para reforçar o capital e ampliar a concessão de crédito, em um esforço para impulsionar a economia.

    O Bank of Communications, o Bank of China, o China Construction Bank e o Postal Savings Bank of China anunciaram no domingo, 30, que pretendem captar um total de 520 bilhões de yuans (cerca de US$ 71,6 bilhões) por meio de colocações privadas para investidores, incluindo o próprio Ministério das Finanças.

    Documentos apresentados pelos bancos indicam que o Ministério será o principal investidor nas quatro operações, adquirindo aproximadamente US$ 68,8 bilhões em ações.

    A medida vem poucas semanas depois de Pequim prometer a emissão de meio trilhão de yuans (cerca de US$ 69 bilhões) em títulos especiais do Tesouro para fortalecer o capital dos principais bancos estatais. O Ministério das Finanças informou hoje que emitirá esse valor em títulos para financiar a iniciativa.

    O objetivo é reforçar o capital de nível 1 dos bancos – um indicador-chave de solidez financeira. O plano foi anunciado pela primeira vez em setembro, quando Pequim adotou uma postura mais agressiva para tentar reativar uma economia em desaceleração.

    Embora os maiores bancos chineses cumpram os requisitos de capital, eles enfrentam margens de lucro reduzidas e um volume crescente de empréstimos inadimplentes, em meio a uma crise prolongada no setor imobiliário.

    A margem líquida de juros das instituições, um indicador de lucratividade, caiu para um mínimo histórico de 1,52% no último trimestre de 2024. Novos cortes nas taxas de juros neste ano devem pressionar ainda mais os ganhos.

    A injeção de bilhões no sistema bancário pode ajudar os bancos estatais a conceder mais empréstimos para a economia real, segundo economistas. No entanto, as autoridades ainda enfrentam o desafio de restaurar a confiança de consumidores e empresas, que seguem cautelosos em relação aos gastos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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