• Governo Municipal diz ter herdado dívidas de R$ 766 milhões

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  • 14/07/2017 09:05

    O rombo nas contas públicas de Petrópolis – estimado ainda no governo de transição em mais de R$ 500 milhões – é ainda superior e alcança quase o valor total do orçamento da Prefeitura previsto para este ano. Segundo a Prefeitura anunciou ontem, o montante de dívidas acumuladas em gestões passadas alcança R$ 766 milhões. O orçamento para todo o ano de 2017 é estimado em R$ 881 milhões. Diante deste quadro, a atual administração diz enfrentar o desafio de equacionar pagamentos e buscar o equilíbrio das contas públicas. O detalhamento do número vai ser apresentado pela equipe de secretários das áreas afins: Gabinete, Fazenda, Controladoria, Procuradoria e Administração nesta sexta-feira, às 9h, em coletiva para a imprensa na Casa dos Conselhos (Av. Koeler, 260, sede da Prefeitura).

    O número elevado de R$ 638 milhões engloba toda a sorte de dívidas: fornecedores, dívidas parceladas, encargos trabalhistas não pagos, consignados descontados de servidores e não repassados aos bancos e precatórios. A soma ainda é engrossada por mais R$ 128 milhões referentes a decisões judiciais não cumpridas pelos antigos gestores.

     “Fazendo uma comparação simples: se uma pessoa tem uma renda mensal de R$ 881 e uma dívida de R$ 766, e paga toda dívida sobram apenas R$ 114 para custear todas as suas despesas. E não existe mágica para solucionar as contas. É preciso reduzir gastos, negociar e parcelar o que é devido para conseguir equacionar os débitos e sobreviver sem fazer novas dívidas. Com o município é a mesma coisa. Equilibrar as contas, administrando uma dívida que compromete quase todo o seu orçamento, é um desafio diário”, explica prefeito Bernardo Rossi.

    O montante de R$ 565 milhões levantados em dezembro ainda no governo de transição é inferior à realidade: são R$ 638 milhões em dívidas acumuladas e de todos os tipos: fornecedores, prestadores de serviço, trabalhistas, aluguéis, consignados e até arrestos judiciais. Além disso, um levantamento feito pela Procuradoria do município aponta um débito de R$ 128,5 milhões somente com dívidas judiciais.

     “É um montante alto que compromete os investimentos da prefeitura. Temos trabalhado para amortizar as dívidas e fazer parcelamentos, mas isso gera um impacto grande nas contas. Paralelo a isso todos os órgãos da prefeitura estão economizando e a Secretaria de Fazenda está fazendo um esforço para mantermos em dia os pagamentos”, explica o prefeito Bernardo Rossi.

    A Prefeitura, na gestão anterior, deixou de quitar dívidas que foram julgadas procedentes pela Justiça. As multas decorrentes de descumprimento das decisões alcançam R$ 151 milhões, valor que somado aos R$ 91,7 milhões em precatórios que também deixaram de ser pagos, totaliza R$ 243,3 milhões.




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