Governo do Estado, que prometeu obras na Serra Velha para este mês, agora diz que não sabe quando será início das intervenções
A promessa era de que as obras de recuperação da Estrada Serra Velha da Estrela (RJ-107) começassem em março. Mas março chegou e ainda não há data nem para conclusão do projeto básico que será executado. A homologação da licitação que definiu a empresa que fará esse primeiro trabalho foi em 13 de janeiro, junto com o anúncio do presidente do Departamento de Estrada e Rodagem (DER-RJ), Luiz Roberto Pereira de Souza, de que as obras começariam neste mês. Mas ainda há um longo caminho até que o projeto saia do papel.
O anúncio das obras foi feito em uma reunião realizada com o deputado Sérgio Fernandes, no dia 21 de janeiro, uma semana após a homologação da licitação. A empresa vencedora foi a Dynatest com o valor de R$ 593.557,87. Segundo o DER, neste processo está sendo realizado serviços técnicos especializados para a elaboração de Projeto Básico de Engenharia Rodoviária destinado à restauração e recuperação do pavimento, drenagem e OAC’s, sinalização horizontal e vertical, além da preservação do Patrimônio Histórico e Cultural na rodovia.
O trecho contemplado será de 11,5 quilômetros, entre a fábrica de pólvora do Ministério do Exército e o conjunto residencial Grão Pará. Mas lembrando que o projeto ainda depende da autorização de órgãos ambientais e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).
Ônibus que foi parar em barranco é símbolo da péssima condição da via
A RJ-107 acumula prejuízo para motoristas e empresas de ônibus. Na última semana, um coletivo da empresa Petro Ita quase perdeu uma das rodas e foi parar no barranco. Por sorte, o ônibus estava fazendo o trajeto de subida em direção ao Centro de Petrópolis. A empresa, que mantém duas linhas de ônibus operando no trecho, disse que precisa realizar constantemente a troca de veículos, já que muitos quebram durante o trajeto, seja por um pneu furado ou paralelepípedo agarrado na roda do coletivo, quebra de mola, suspensão, entre outras peças.
Os prejuízos são vários. A empresa afirma que o impacto dos problemas gera, no dia a dia da operação, muito desgaste dos coletivos, quebras, sobrecarga na área da manutenção e prejuízos, além de desconforto para os passageiros dos ônibus, diante das perdas de viagens e atrasos por questões de inviabilidade.
No ano passado, o DER chegou a iniciar um trabalho de manutenção em alguns pontos da estrada. O trabalho chegou a ser acompanhado pela Prefeitura. Mas hoje, quem passa pela Estrada da Serra Velha da Estrela nem sequer nota onde foram feitos os remendos na via.
O DER foi questionado sobre a data para o trabalho de elaboração do projeto e posteriormente execução, mas não obtivemos resposta sobre prazos.