Governo de transição é real ou ilusão?
A última vez que houve um governo de transição que cumpriu sua função foi em priscas eras, quando Leandro Sampaio passou o bastão para Bomtempo. Um palco neutro foi escolhido para as reuniões, no caso, a sede da Firjan na cidade, e as contas do governo que findava foram abertas ao que se iniciava. Eram discussões sérias, técnicas, objetivas, com a política posta de lado. De lá pra cá, não teve mais, não. O governo eleito até tenta, sem sucesso, acessar as contas. Afinal, o período de novembro e dezembro, justamente na transição, tem o objetivo de permitir que a nova gestão tome pé das coisas e não tenha surpresas no dia 1° de janeiro. Mas, não costuma funcionar.
Só em 1° de janeiro
Na nossa bolsa de apostas, em 2024 não vai ser diferente. Podem até fazer alguns encontros, posar bonito para as fotos, mas é só. Aqueles dados que realmente interessam ficam guardados. Depois, quando se abre a gaveta, o susto é garantido. O novo governo, qualquer que seja o resultado, tem, no entanto, a obrigação de auditar as contas da prefeitura. E nem é por questão política, não. Mas para que o rombo financeiro seja revelado e compartilhado e, principalmente, para ser sanado. Vai fazer bem ao governo que entra ser transparente e mostrar o tamanho do abacaxi que vai ter que descascar em quatro anos.
Faxinão
Grupos de servidores foram intimados a trabalhar neste domingo, o primeiro logo após as eleições, em várias secretarias da prefeitura. Mas, o que seria de tão urgente para se fazer na folga?
Por último
O PT foi o último partido a se posicionar sobre o segundo turno em Petrópolis. Legenda do atual vice-prefeito Paulo Mustrangi, o partido liberou sua militância para votar em quem achar melhor, mas sinalizou que não apoia nem um nem outro.
Caramba!
A mudança de barco de líderes comunitários e outras pessoas de destaque em movimentos populares é uma coisa de doido. Tem gente que era bomtempista roxo e que agora é 11 desde criancinha.
Comdep
Nem teve segundo turno ainda, e já foi aberto o debate: quem vai ficar à frente da Comdep. Tem vereador reeleito que não abre mão da pasta.
Na fila
Olha, é desumana a fila de idosos na porta do Itaú, ali perto do Obelisco. A agência só abre às 10h, e os caixas eletrônicos ficam, até essa hora, vetados de serem usados. E os velhinhos chegam lá cedo para ficar em pé esperando.
Lupa
Passada a euforia da reeleição – e o adeus que alguns vão dar – nossos queridos vereadores estão fiscalizando as últimas ações do governo Bomtempo? Porque a legislatura ainda não acabou, não.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 155 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Sinal de alerta
Hospitais que dependem do aluguel de equipamentos médicos podem enfrentar uma alta significativa nos custos se o projeto de lei da Reforma Tributária não for alterado no Senado. Um estudo da Tendências Consultoria, em parceria com a Associação Brasileira das Locadoras de Equipamentos Médicos, aponta que a tributação sobre a locação de equipamentos pode saltar de 8,34% para 20,95%. A mudança afetaria diretamente o SUS, que se beneficia da locação com menor tributação para renovar e ampliar seu estoque de equipamentos médicos. A alta no custo afetaria especialmente as entidades que atendem grande parte da demanda pública.
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