• Governo Central deve ter superávit de R$ 1,3 bi em março, com alta na receita líquida, diz Ipea

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  • 11/abr 13:26
    Por Daniela Amorim / Estadão

    O Governo Central deve ter superávit primário de R$ 1,3 bilhão em março, aponta o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). As projeções do órgão indicam que a receita líquida atingiu R$ 166,5 bilhões no mês, um crescimento de 10,1% em relação a março de 2023, já descontada a inflação do período. A despesa projetada totalizou R$ 165,2 bilhões em março de 2024, avanço de 4,2% em relação a março de 2023.

    Conforme as estimativas do Ipea, em março, a receita total do Governo Central cresceu 10,0% ante março do ano passado, descontada a inflação, para R$ 201,5 bilhões.

    “Isso se deu em função do bom desempenho da arrecadação, tanto das receitas administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB), com expansão de 11,2%, como das não administradas pela RFB, com aumento de arrecadação de 9,4%, sempre em termos reais”, apontam os pesquisadores Sergio Ferreira e Felipe Martins, da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Ipea, na Carta de Conjuntura.

    As estimativas preliminares, divulgadas nesta quinta-feira, têm como base dados da execução orçamentária registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal e obtidos por meio do Tesouro Gerencial, que “fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional”.

    No acumulado do primeiro trimestre de 2024, o resultado primário foi de um superávit de R$ 22,9 bilhões, a preços de março, ante um superávit de R$ 33,4 bilhões registrado no mesmo período de 2023, queda de 31,4%.

    As receitas tiveram um crescimento real de 9,3% no primeiro trimestre de 2024 ante o mesmo trimestre do ano passado, R$ 57,4 bilhões a mais. No entanto, as despesas aumentaram 12,6%, R$ 58 bilhões a mais, com destaque para o salto de 4.329,4% dos dispêndios com sentenças judiciais e precatórios, de R$ 29,5 bilhões.

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