• Governadores propõem pacto de enfrentamento à covid-19

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  • 10/03/2021 15:43
    Por Cássia Miranda / Estadão

    No momento mais grave da pandemia no Brasil, governadores de 22 unidades da Federação divulgaram nesta quarta-feira, 10, uma proposta de Pacto Nacional pela Vida e pela Saúde. No documento, os chefes do Executivo estadual defendem três pilares para enfrentamento da crise sanitária: expansão da vacinação, apoio a medidas restritivas e apoio aos Estados para manutenção e ampliação de leitos.

    Os governadores sugerem ainda a criação de um comitê gestor para conduzir as ações referentes ao enfrentamento da pandemia. O grupo, de acordo com o que propõe no pacto, teria a participação de membros dos Três Poderes e de todos os níveis da federação, além da assessoria de uma comissão de especialistas.

    Na terça-feira, 9, o Brasil registrou novo recorde no número de mortes pela covid-19. Foram 1.954 óbitos em 24 horas, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. No total, o País já registrou 268.568 mortes pela doença, com 11.125.017 casos confirmados. Os dados do consórcio, composto por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, são coletados junto às secretarias estaduais de saúde.

    Os cinco governadores que, até esta quarta, não aderiram ao pacto são: Wilson Lima (PSC-AM); Ratinho Junior (PSD-PR); Cláudio Castro (PSC-RJ), Marcos Rocha (PSL) e Carlos Moisés (PSL-SC). O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que propôs o pacto, no último domingo, 7, afirmou que vai continuar em busca de adesão dos colegas. “Vamos seguir dialogando com os colegas que ainda faltam, para unidade nacional!”, disse.

    O documento é fruto de articulações iniciadas em reunião realizada em 12 de fevereiro, em que estavam presentes, além dos governadores, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os governadores pediram que o Congresso assuma a linha de frente da coordenação da crise de covid-19, alegando “omissão e negação” por parte do presidente Jair Bolsonaro.

    “Reafirmamos tal proposição, que se tornou ainda mais emergencial pelo agravamento da situação sanitária, com terríveis perdas de vidas, além de danos econômicos e sociais. O coronavírus é hoje o maior adversário da nossa nação. Precisamos evitar o total colapso dos sistemas hospitalares em todo o Brasil e melhorar o combate à pandemia. Só assim a nossa pátria poderá encontrar um caminho de crescimento e de geração de empregos”, diz trecho do pacto.

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