Governador veta projeto que mudaria nome do estádio do Maracanã para Rei Pelé
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), vetou nesta quinta-feira a mudança de nome do estádio do Maracanã, que estava no projeto de lei n° 3489/2021. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado. Idealizada por André Ceciliano (PT), deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a proposta era substituir “Estádio Mário Filho” por “Estádio Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé”.
No despacho, Cláudio Castro afirmou que o veto se deu “em atendimento à solicitação do autor” do projeto de lei. Isso porque houve uma repercussão negativa, entre jornalistas e torcedores de futebol em torno da mudança, assim que o texto foi aprovado na Alerj no dia 9 de março, com afirmações de que o foco deveria ser a pandemia, e não o futebol. Com isso, deputados decidiram solicitar ao governador o veto.
Em sessão, André Ceciliano explicou que tomou a decisão de recuar para não deixar seus pares com imagem negativa diante das críticas à proposta, lembrou que a casa em nenhum momento deixou de votar ações que dizem respeito ao novo coronavírus e disse que enxergou “muita paixão, clubismo e bairrismo” na discussão.
O projeto de lei fora aprovado pelos deputados da Alerj, mas ainda precisava ser sancionado pelo governador em exercício. O prazo para a manifestação de Cláudio Castro termina nesta quinta, quando ele se posicionou.
André Ceciliano havia proposto a troca com o objetivo de atrair turistas e homenagear Pelé, que marcou seu milésimo gol durante partida no Maracanã, em 1969. Segundo o projeto, o estádio passaria a se chamar Rei Pelé e o complexo esportivo, que inclui também o ginásio do Maracanãzinho, o Parque Aquático Júlio Delamare e o estádio de atletismo Célio de Barros, teria o nome de Mário Filho, originalmente atribuído ao estádio principal. Os deputados Bebeto (Pode), Carlos Minc (PSB), Marcio Pacheco (PSC), Eurico Junior (PV), Coronel Salema (PSD) e Alexandre Knoploch (PSL) assinaram como coautores – apenas a bancada do PSOL votou contra.