• Google decide barrar anúncios de bets sem registro no Ministério da Fazenda

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  • 29/set 10:00
    Por Redação O Estado de São Paulo / Estadão | Foto: Seth Wenig/AP

    O Google limitará a partir de segunda-feira, 30, os anúncios de jogos virtuais das empresas de apostas online, as chamadas bets. Com a mudança, apenas as empresas registradas no Ministério da Fazenda poderão fazer anúncios, segundo a atualização da Política de Jogos de Azar do Google Ads, publicada pela companhia em seu site.

    Segundo o Google, para anunciar serviços após a mudança, os anunciantes deverão “solicitar e obter a certificação” por meio de um formulário.

    A decisão da empresa americana de tecnologia de suspender a publicidade das bets sem registro acompanha uma portaria do governo que impedirá, a partir de terça-feira, 1º de outubro, a atuação das bets sem autorizadas para operar no País.

    Ao suspender as bets não autorizadas pelo Ministério da Fazenda, a intenção do governo é separar companhias sérias do setor daquelas com atuação suspeita, sobretudo as envolvidas em operações policiais.

    No final de agosto, o Ministério da Fazenda recebeu 113 pedidos de autorização, de um total de 108 empresas, para atuar no mercado de apostas esportivas no País. Nessa lista, está a Caixa Loterias, subsidiária da Caixa Econômica Federal. O número de solicitações superou as estimativas da equipe econômica, que quase quintuplicou a projeção de arrecadação com o setor neste ano.

    No Orçamento de 2024, a estimativa de receita com a regulação dessas apostas é de R$ 728 milhões. Após os pedidos, a Fazenda projetou até R$ 3,4 bilhões, caso todas as interessadas atendam às regras estabelecidas na regulamentação.

    Força-tarefa

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, na sexta-feira, 27, que o presidente Lula pediu providências a todos os ministérios que têm envolvimento no assunto e citou a necessidade de lidar com questões como lavagem de dinheiro, dependência dos jogos, tratamento sobre os meios de pagamentos nas apostas para coibir o endividamento e banimento de empresas que não credenciadas para atuar no Brasil.

    Pesquisa do Banco Central revelou, nesta semana, que 5 milhões de beneficiados pelo Bolsa Família enviaram R$ 3 bilhões via Pix a plataformas de apostas online em agosto.

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