Golpes de engenharia social crescem 165% este ano, diz Febraban
O número de golpes financeiros envolvendo táticas de engenharia social cresceu 165% no País entre o segundo semestre do ano passado e os seis primeiros meses de 2021. O dado é de levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgado nesta sexta-feira, 29.
De acordo com a entidade, o golpe do falso motoboy cresceu 271% no período, enquanto o golpe da falsa central telefônica e do falso funcionário de bancos aumentou 62%. Os ataques de phishing, por sua vez, cresceram 26%.
O golpe do falso motoboy é aquele em que o cliente recebe a ligação de uma pessoa que passa por funcionária do banco, e afirma que o cartão de crédito do cliente foi clonado. Após isso, solicita a senha do cartão e pede que ele seja cortado, exceto pelo chip. Outro golpista vai à casa do cliente e retira o cartão, o que permite o uso para compras fraudulentas.
Já o golpe da falsa central consiste em uma ligação de um fraudador, também se passando por funcionário da instituição financeira com a qual o cliente tem relacionamento, informando que a conta do cliente teria sido invadida. Nesta ligação, ele solicita dados pessoais e financeiros do cliente, e o orienta a ligar para a central do banco, mas continua na linha e, simulando o atendimento da central, pega os dados da conta do cliente e a senha.
No phishing, o golpe acontece através de ofertas fraudulentas por e-mail ou redes sociais, que servem para roubar os dados pessoais e bancários dos clientes.
O diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini, afirma que a entidade e seus bancos associados têm trabalhado para conscientizar os clientes sobre os riscos do mundo digital. “A Febraban e seus bancos associados investem constantemente e de maneira massiva em campanhas e ações de conscientização em seus canais de comunicação com os clientes para orientar a população a se prevenir de golpes e a ter segurança em suas transações no ambiente digital. Queremos contribuir para o desenvolvimento da consciência digital no Brasil”, afirma.