Golpe do falso sequestro continua fazendo vítimas na cidade
Tudo começa com um telefonema. Do outro lado da linha, uma pessoa diz que o seu parente foi sequestrado e pede um valor como pagamento de resgate. O golpe, que parece ser antigo, ainda faz vítimas em todo o Brasil. Em Petrópolis, não é diferente. Na última terça-feira (18), policiais militares, por volta das 10h, socorreram mais uma vítima que caiu no golpe.
Dessa vez, bandidos disseram que uma mulher teria sido sequestrada. Para pagar o resgate, uma outra pessoa fez dois depósitos nos valores de R$ 1.000,00 e R$ 1.400,00 em uma lotérica no Centro da cidade no nome de duas pessoas diferentes. Após ficar registrado que não havia ocorrido nenhum sequestro, a ocorrência foi registrada na 105ª Delegacia de Polícia onde o caso está sendo investigado.
Dados do ISP de setembro de 2016 dão conta de que de janeiro a agosto de 2016, foram registrados 300 casos de estelionato na cidade. Em 2015, no mesmo período, foram registrados 262, ou seja, aumento de 14,50% nos casos nesse ano.
Outras formas de estelionato são mais comuns na cidade
De acordo com o delegado titular da 105ª Delegacia de Polícia, Dr. Alexandre Ziehe, é importante que as pessoas saibam que há muitos anos não se tem registro de sequestro verdadeiro na cidade. “São várias as vertentes do estelionato e não temos um registro verdadeiro de sequestro na cidade há muito tempo, ou seja, a pessoa tem que ficar atenta aos telefonemas. Antes, esses criminosos ligavam muito a cobrar, mas, hoje, eles tem credito nos presídios. Importante que a pessoa perceba que eles não querem contato com a vítima, dizem estar perto mas não estão e por isso pedem que depósitos sejam feitos através de lotéricas. A pessoa que recebe a ligação não deve fazer nenhum depósito antes de conferir a veracidade das informações, por isso, deve ligar para a polícia. Não faça depósitos se você tiver dúvidas”, disse Dr. Alexandre.
Ainda de acordo com o delegado, em Petrópolis, outras formas de tentativa de extorsão são realizadas. “Esses problemas não são exclusivos de Petrópolis. O Estado inteiro sofre com isso. Existem outras facetas como pedir dinheiro para realização de exames em pessoas que estão internadas nos hospitais. Ou, então, ligam e dizem que a pessoa foi sorteada e vai ganhar alguma coisa mediante depósito. Esse do hospital acontece muito. As pessoas devem ficar atentas porque geralmente eles também pedem um valor que não é muito alto, oitocentos, mil reais. Procurem a autoridade policial no caso de receberem esse tipo de ligação”, esclarece o delegado.