Golpe de estado
Diante das últimas atitudes tomadas pelo governo federal – covarde e maquiavelicamente – para salvar a pele, não do Brasil, mas de seu criador, escrevi aos jornais:
“Dilma Rousseff rasgou a Constituição, transformou-se em rainha e se julgou no direito de nomear seu primeiro ministro sem consultar o povo. Conforme vídeo gravado que tenho, este ministro é ladrão confesso quando declarou publicamente : “Pobre quando rouba vai preso; rico quando rouba vira ministro” – palavras dele, não minhas.”
A notícia divulgada hoje, apesar de já esperada, estarreceu, certamente, as pessoas insatisfeitas e de bem, independente de sua classe social e etnia, que ocuparam as ruas no ultimo domingo, dia 13. Portanto, qual será a reação do Congresso, pois nas entrelinhas, esta foi a sugestão do corrupto mor do senado, com vários envolvimentos nas inúmeras delações premiadas e por tal, também para se agarrar ao governo e se livrar de mais alguns processos contundentes apesar de se “orgulhar” de já ter se livrado, “incólume”, de 14 processos, como escreveu aos jornais para se defender de tal acusação. E por ter tantas figuras duvidosas, o Congresso – de cara lavada – exerce pressão em cima do deputado Eduardo Cunha. Convenhamos – alguém encontra alguma diferença entre os tantos que o atacam? É pura desfaçatez!
Temos um Congresso corrupto em que sua grande maioria responde ou já respondeu a processos e agora, quando algum é processado, preso e delata seus comparsas todos se dizem inocentes como se fossem puros anjinhos. É a desfaçatez que impera entre nossos homens públicos, inclusive, entre a maioria dos empresários que, diante de tanta “inocência”, são estes os únicos que ficam na “rabada” das diversas punições. Anjo vermelho de asas mas com rabo, só conheço um – Lúcifer – muito eficiente para destruir qualquer um, desde que se lhe dê oportunidade.
Voltamos pois, a estaca zero, com Dom Ratão para estender seus tentáculos sobre empresas e empresários e, se não conseguir, agora com mais poder, criará um novo Celso Daniel, pois os integrantes responsáveis ainda estão nas periferias do Palácio.
É triste ver nosso país nas mãos de tal quadrilha, chafurdado na lama imunda e fétida do chiqueiro instalado em Brasília. Mas se considerarmos que grande parte da culpa de tal situação é do próprio povo que se deslumbra com um metalúrgico ter chegado onde chegou mas que, quando tentamos argumentar, vêm sempre com a mesma desculpa – “não me interesso por política”. É a deficiência cultural de nosso povo que, como se dizia antigamente – “emprenha pelos ouvidos” sem procurar se informar. Esse mesmo povo que somos forçados a sentir pena e obrigados a socorrer quando necessário, além de ficarmos expostos ao “exército” paralelo da quadrilha – o MST.
E é nesses momentos – diante de tanta falta de caráter, cada um tentando se salvar de tantas falcatruas – que me vem a lembrança um antigo conto do escritor britânico W. Somerset Maugham – “A Chuva” – filmado pela primeira vez em 1928, cujo final é a prostituta Sadie Thompson declarando – “Os homens são uns porcos, uns porcos!”.
Qualquer semelhança entre a prostituta, a casa de tolerância e os homens, certamente não será simples coincidência.
jrobertogullino@gmail.com