Glutamina também está na comida
Essa época do ano a galera corre para a academia é antes de conhecer o seu programa de exercício quer tomar suplemento. A glutamina, um dos suplementos mais procurados, é um aminoácido produzido pelo corpo a partir de outros da cadeia ramificada, leucina, isoleucina, e o ácido glutâmico numa quantidade bastante razoável e sobre isso existe consenso na maioria dos estudos. A glutamina tem uma importante função tanto na redução da perda de massa muscular por causa do exercício (catabolismo) como na reconstrução do tecido muscular. Para quem faz exercícios intensos como a musculação, porém com descanso adequado, não é necessário fazer suplementação porque dificilmente para quem come comida de verdade esse aminoácido vai ser esgotado. É difícil também a gente deixar de ingerir glutamina numa alimentação normal porque está presente nas carnes, peixes, ovos, iogurte, leite, queijo, feijão, favas, ervilha, repolho, beterraba, couve e salsa. Ou seja, uma passadinha na feira e no açougue resolve. Aí eu pergunto de novo. Por que recorrer aos suplementos a base de glutamina que não é barato e não tem gosto de nada se eu posso comer comida de verdade que é mais barato e gostoso? Tem gente que reclama de preço de inscrição de algumas corridas,mas joga dinheiro fora com suplemento recomendado por amigo ou cai na armadilha das propagandas na Internet. Uma rápida busca a gente encontra “supostos” entendidos falando que a glutamina é o aminoácido mais abundante no músculo e que o exercício intenso pode diminuir a sua concentração em até 22% e por isso seria necessário a suplementação. Ora! No mínimo me parece um contra-senso. Se a concentração cai 22% até onde aprendi fazer conta ainda restam 78% de glutamina no músculo. Além disso, a alimentação pós exercício a base de carboidrato e proteína rapidamente esses 22% são repostos.