Giro da Tribuna: Série B1 em setembro? Ou só em 2021?

As federações estaduais correm para definir como ficarão seus campeonatos para 2020. Todos tiveram início entre fevereiro e março, mas foram interrompidos pelos decretos de governos locais em virtude da epidemia do coronavírus. E agora as entidades tentam descobrir uma fórmula para encerrarem aquilo que já começou. No Rio, por exemplo, a situação segue indefinida porque apesar dos esforços da Ferj, o Ministério Público está de olho no que for decidido quanto ao retorno. Na Série B1, a situação é de apreensão.

No sábado passado, a Ferj conseguiu a aprovação de todos os detalhes sobre o chamado Jogo Seguro – uma série de normas que os clubes que disputam o Campeonato Carioca precisarão seguir até o seu término. Todavia, nem se tocou no assunto data dos jogos complementadores da Taça Rio (segundo turno) e a fase decisiva da competição. Nos próximos dias, a entidade deve convocar um arbitral virtual para decidir essa questão, que é acompanhada de perto pelo MP – o mesmo que entrou com uma liminar para derrubar a flexibilização econômica no Rio de Janeiro.

Ao mesmo tempo em que a Ferj combinou com os médicos dos clubes que jogam o Carioca os detalhes médicos e sanitários para a retomada dos jogos, proibiu os demais clubes – leia-se os da Série B1 – de treinarem. Essa medida deixou os times da segundona temerosos sobre a possibilidade muito real em não começar o Campeonato Estadual no dia 15 de agosto, conforme definido na tabela publicada no mês passado. Há conversas informais entre os dirigentes da Série B1 a respeito do que vai acontecer, de fato, com o Campeonato Estadual. Há quem fale nos bastidores que há interessados em que não hajam campeão e tampouco rebaixados no Campeonato Carioca (que corresponde a elite do futebol do Rio), entre eles América, Goitacás e Nova Iguaçu. E que tudo se mantenha para 2021. Eles não são os únicos que estariam torcendo por essa opção. Tem times da Série B1 que vivem uma situação financeira bem ruim e que, numa eventual realização do campeonato, garantiriam a manutenção na Segundona em vez de entrarem numa disputa e sofrerem o rebaixamento.

O Flamengo, por outro lado, tem sido um árduo defensor da volta do Campeonato Carioca e conta com o apoio da Ferj para isso. Talvez, a força de ambos pode impulsionar o Carioca até o fim, mas não existe a certeza que vão conseguir. O MP está de olho na situação sanitária do Rio – um dos estados com maior número de infectados pelo Covid-19 – e pode bloquear a intenção de uma retomada imediata do “Carioquinha”. Seja como for, o horizonte parece ser marcado por indefinição. Como essa história vai acabar, nunca saberemos.

Alan no ArtSul

Fim do mistério. O petropolitano Alan Pascoal, que como técnico em 2019 levou o Bonsucesso a conquista do título da Copa Rio, já definiu o que fará este ano: ele foi anunciado, nesta semana, como o novo gestor de futebol do ArtSul. Ele prometeu, em breve, dar maiores detalhes sobre sua chegada ao clube e as razões de ter deixado o Bonsucesso neste ano, um retorno ao tricolor da Leopoldina após uma passagem pelo futebol do Rio Grande do Norte.

Jogo Seguro para jornalistas

Não passou despercebido um detalhe importante sobre a reunião de sábado passado entre o presidente da Ferj, Rubens Lopes e os clubes que jogam o Carioca: que todos os envolvidos nas partidas da competição terão que apresentar um exame médico que diz estar negativo para o Covid-19. Nisso inclui os jornalistas, que provavelmente terão que testar dias antes de seus compromissos profissionais para frequentarem o estádio de futebol. Essa regra pode valer também para a cobertura dos jogos da Série B1.

Pandemia e a corrida de rua

Tem muita gente vivendo a abstinência da corrida de rua. Que o diga a equipe Joaefe, uma das mais participativas das provas realizadas no município. Jorge Freire, do importante time de corredores, fez um longo relato sobre as dificuldades que ele e outros enfrentam nesses tempos de pandemia. “Estamos sentindo muito a abstinência, não só dos treinos e das provas como também de ver os amigos e de correr juntos. As academias também nos fazem falta, apesar de os treinadores estarem fazendo o possível para passar treinos on line”.

Pandemia e a corrida de rua II

Ainda sobre o relato de Jorge Freite, que complementou o seguinte: “Alguns de nós, da Jotaefe, temos treinado, mesmo em distâncias mais curtas para, pelo menos, manter algum condicionamento. Alguns optam por treinar em horários bem cedo ou a noite, para evitar cruzar com outras pessoas, outros treinam nos horários possíveis, boa parte usando máscaras faciais. Outros não se adaptaram, então treinam procurando vias de menor trânsito de pessoas. Temos cruzado com colegas de outras equipes pelas ruas, mas certamente em um número muito menor do que antes do isolamento. Temos também participado de provas virtuais, como, por exemplo, no fim da maio, da III Corrida Rual da Represa, de Juiz de Fora, organizada pelo colega Jaime Moura, com direito a troféu, camisa e medalha. Cada um em sua cidade, na esteira, em casa ou outro lugar. O kit é enviado pelo correio. E assim vamos tocando, cuidando da saúde mental e física da forma que dá”.

Curtas

“Paulistão” será definido nesta quarta-feira – A Federação Paulista de futebol fará uma reunião virtual nesta quarta-feira à tarde para definir a retomada do campeonato principal. Um detalhe é que já tem times com jogadores com contrato vencido.

Good Gamers quer voltar a liderança – Após perder a liderança na noite de segunda-feira à noite para o Corsários, do Rio Grande do Norte, o time petropolitano Good Gamers espera retomar a liderança no campeonato de E-Games.

Retorno de Messi a Laliga – Com o retorno gradual dos campeonatos esportivos, o ex-atacante búlgaro Dimitar Berbatov, em entrevista à Betfair.net, destacou as dificuldades da Premier League e suas diferenças com a Champions League. Ele também falou sobre o retorno de Lionel Messi em partidas pelo Barcelona já nesta semana.

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